Cheio de minerais O pinhão contém cobre, zinco, manganês, ferro, magnésio, cálcio e fósforo, nutrientes essenciais para manter o corpo funcionando e sabendo como se defender de doenças. |
Quando o outono ou o inverno chegam, muita gente no Sul e no Sudeste se
deleita com essa delícia, seja nas refeições, seja no lanche da tarde. Há,
porém, quem preste atenção nela durante o ano todo - mas com outros olhos.
Estudiosos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, investigam
a riqueza de nutrientes encontrada na semente da araucária, árvore típica da
região meridional do Brasil, e seus benefícios à saúde. Ao que tudo indica, o
alimento se destaca na prevenção de problemas cardiovasculares e intestinais,
uma senhora credencial para convidá-lo às mesas do resto do país.
"As fibras do pinhão favorecem a eliminação de sais biliares, um reduto de colesterol, do intestino. E boa parte dessa molécula não é reabsorvida, o que diminui sua concentração no sangue caso ela esteja elevada", explica a nutricionista Cristina Martins, que analisa o alimento na Embrapa Florestas, em Colombo, no Paraná. Com menos colesterol circulante, despenca o risco de ataques cardíacos. O coração fica ainda mais protegido porque a semente cozida é uma fonte importante de potássio, mineral que faz os vasos relaxarem e, assim, ajuda a controlar a pressão arterial.
Resultados parciais de um estudo da Embrapa, aliás, mostram que há diferenças entre o pinhão cru e o cozido - diferenças com repercussão no aproveitamento dos seus nutrientes pelo organismo. Com a exposição ao fogo, o amido do alimento sofre reações que o tornam mais gelatinoso, estado que facilita o trânsito intestinal. Além disso, durante o cozimento, a semente absorve pigmentos da casca. Esses compostos que dão o tom acastanhado ou avermelhado são antioxidantes, isto é, minimizam os danos dos radicais livres às células, inclusive dentro dos vasos.
Apesar de calórico - são 160 calorias em uma porção de 100 gramas -, esse legítimo sulista é cheio de carboidratos complexos, sobretudo o amido resistente, que passa praticamente batido pelo processo de digestão. "Isso garante, entre outras coisas, a sensação de saciedade por mais tempo, o que evita abusos nas refeições seguintes", explica a nutricionista Geisa Liandra de Andrade, também da Embrapa Florestas. Com atuação semelhante à das fibras no intestino grosso, esses carboidratos estimulam o equilíbrio da flora intestinal, garantindo uma maior proteção contra doenças inflamatórias e tumores.
Quem precisa de uma energia extra também tem no pinhão um parceiro incondicional. "Isso porque a semente fornece uma boa quantidade de carboidratos com baixo índice glicêmico", diz a engenheira agrônoma Rossana Bueno de Godoy, da Embrapa. O petisco se revela, portanto, uma ótima fonte de combustível, mas não dispara rápido os níveis de açúcar no sangue - uma tremenda vantagem para quem está acima do peso ou tem diabete, já que diminui o risco de picos de glicose e insulina.
Em defesa do pinhão
Alimento dos índios há milhares de anos, o pinhão faz parte da história e da cultura no sul do Brasil. Hoje, além de fonte de pesquisa, é causa de militância em prol da conservação das araucárias, da coleta sustentável da semente e da sua inclusão na gastronomia.
Nos últimos meses, em Curitiba, um grupo de professores realizou oficinas a fim de desenvolver receitas para um livro de culinária focado no pinhão. Os testes foram feitos no Laboratório de Técnica Dietética do Colégio Estadual Júlia Wanderley com a participação de alunos no preparo dos pratos. "O pinhão é um alimento de alto valor nutricional, mas pouco conhecido e divulgado no restante do país", diz Maria de Fátima Negre, nutricionista envolvida no projeto.
Entre as receitas típicas, estão o entrevero, um cozido de carnes, verduras e pinhão, e a paçoca salgada, em que a semente é moída e misturada a carne-seca. Há também a possibilidade de bolar pratos mais tradicionais com um toque, digamos, sulista: basta acrescentar o pinhão ao yakissoba, à quiche de alho-poró ou a sobremesas como o cheesecake com calda de morango. Lembre-se apenas de que essa versatilidade não autoriza a gulodice. Aproveite a temporada para degustar o pinhão sozinho ou em meio a outros pratos e fique com a saúde reforçada até a primavera chegar. Na cozinha O pinhão é um alimento neutro, que fixa o sabor de outros ingredientes mais intensos. Vai bem cozido em fogo lento ou assado na chapa do fogão a lenha. Em bolos e tortas, pode ser triturado para propiciar uma massa mais homogênea. Já em risotos, carnes, sopas e saladas, o conselho é servi-lo em lâminas ou em fatias.
"As fibras do pinhão favorecem a eliminação de sais biliares, um reduto de colesterol, do intestino. E boa parte dessa molécula não é reabsorvida, o que diminui sua concentração no sangue caso ela esteja elevada", explica a nutricionista Cristina Martins, que analisa o alimento na Embrapa Florestas, em Colombo, no Paraná. Com menos colesterol circulante, despenca o risco de ataques cardíacos. O coração fica ainda mais protegido porque a semente cozida é uma fonte importante de potássio, mineral que faz os vasos relaxarem e, assim, ajuda a controlar a pressão arterial.
Resultados parciais de um estudo da Embrapa, aliás, mostram que há diferenças entre o pinhão cru e o cozido - diferenças com repercussão no aproveitamento dos seus nutrientes pelo organismo. Com a exposição ao fogo, o amido do alimento sofre reações que o tornam mais gelatinoso, estado que facilita o trânsito intestinal. Além disso, durante o cozimento, a semente absorve pigmentos da casca. Esses compostos que dão o tom acastanhado ou avermelhado são antioxidantes, isto é, minimizam os danos dos radicais livres às células, inclusive dentro dos vasos.
Apesar de calórico - são 160 calorias em uma porção de 100 gramas -, esse legítimo sulista é cheio de carboidratos complexos, sobretudo o amido resistente, que passa praticamente batido pelo processo de digestão. "Isso garante, entre outras coisas, a sensação de saciedade por mais tempo, o que evita abusos nas refeições seguintes", explica a nutricionista Geisa Liandra de Andrade, também da Embrapa Florestas. Com atuação semelhante à das fibras no intestino grosso, esses carboidratos estimulam o equilíbrio da flora intestinal, garantindo uma maior proteção contra doenças inflamatórias e tumores.
Quem precisa de uma energia extra também tem no pinhão um parceiro incondicional. "Isso porque a semente fornece uma boa quantidade de carboidratos com baixo índice glicêmico", diz a engenheira agrônoma Rossana Bueno de Godoy, da Embrapa. O petisco se revela, portanto, uma ótima fonte de combustível, mas não dispara rápido os níveis de açúcar no sangue - uma tremenda vantagem para quem está acima do peso ou tem diabete, já que diminui o risco de picos de glicose e insulina.
Em defesa do pinhão
Alimento dos índios há milhares de anos, o pinhão faz parte da história e da cultura no sul do Brasil. Hoje, além de fonte de pesquisa, é causa de militância em prol da conservação das araucárias, da coleta sustentável da semente e da sua inclusão na gastronomia.
Nos últimos meses, em Curitiba, um grupo de professores realizou oficinas a fim de desenvolver receitas para um livro de culinária focado no pinhão. Os testes foram feitos no Laboratório de Técnica Dietética do Colégio Estadual Júlia Wanderley com a participação de alunos no preparo dos pratos. "O pinhão é um alimento de alto valor nutricional, mas pouco conhecido e divulgado no restante do país", diz Maria de Fátima Negre, nutricionista envolvida no projeto.
Entre as receitas típicas, estão o entrevero, um cozido de carnes, verduras e pinhão, e a paçoca salgada, em que a semente é moída e misturada a carne-seca. Há também a possibilidade de bolar pratos mais tradicionais com um toque, digamos, sulista: basta acrescentar o pinhão ao yakissoba, à quiche de alho-poró ou a sobremesas como o cheesecake com calda de morango. Lembre-se apenas de que essa versatilidade não autoriza a gulodice. Aproveite a temporada para degustar o pinhão sozinho ou em meio a outros pratos e fique com a saúde reforçada até a primavera chegar. Na cozinha O pinhão é um alimento neutro, que fixa o sabor de outros ingredientes mais intensos. Vai bem cozido em fogo lento ou assado na chapa do fogão a lenha. Em bolos e tortas, pode ser triturado para propiciar uma massa mais homogênea. Já em risotos, carnes, sopas e saladas, o conselho é servi-lo em lâminas ou em fatias.
Fonte: Saúde, Pinhão, um alimento rico em fibras e potássio. Basta a temperatura cair e ele dá o ar da graça. Só que,
agora, há outros motivos para festejar a temporada da semente da araucária: suas
fibras melhoram o funcionamento do intestino, e ao lado de altas cargas de
potássio, ajudam a resguardar o coração. Acesso em 01/07/2013.
3 comentários:
Adoro pinhão, o chato mé descascar.
Mas a relação custo x benefício é altamente gratificante.
E se comer muito à noite, a companheira poderá reclamar do excesso de flatulência. kkk
Quer que eu minta?
Um abração carioca.
PS.Que tal dar uma olhadinha no 'FALANDO SÉRIO", com nova postagem?
Nunca comi pinhão, mas com esses nutrientes, vou procurar comer
Muito bom melhores sabor e feito asado no fogão a lenha
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