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MÉTODOS INADEQUADOS PARA A PERDA DE PESO AUMENTAM O RISCO DE TRANSTORNOS ALIMENTARES.

segunda-feira, 1 de abril de 2013
Pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP), descobriram que 12,2% dos adolescentes da capital apresentam comportamentos de risco para transtornos alimentares e 31,9% apresentaram algum tipo de prática não saudável para controle do peso.

A pesquisa, realizada com 1.167 adolescentes, revela que as práticas de dieta restritiva aumentaram a chance de apresentar comportamentos de risco para transtornos alimentares 17,26 vezes no sexo masculino, e em 12,82 no sexo feminino.

A nutricionista Greisse Viero da Silva Leal, autora do estudo, recomenda que os pais e os adolescentes saibam reconhecer precocemente as atitudes que podem desencadear transtornos alimentares na busca de sua prevenção.

Foram avaliados adolescentes com idade média de 16 anos (de 14 a 19 anos), estudantes do ensino médio de 12 Escolas Técnicas do Centro Paula Souza, no município de São Paulo.

A dieta da mídia
De acordo com o estudo, a leitura de revistas sobre dieta para emagrecer aumentou em 2,87 vezes a chance de apresentar práticas não saudáveis para controle do peso, enquanto que estar satisfeito com a imagem corporal diminuiu esta chance, ou seja, satisfação corporal foi fator protetor.
"O que se observa é que cada vez mais as revistas voltadas para o público feminino apresentam dietas para emagrecer e trazem corpos muito magros como ideais de beleza, as adolescentes podem sentir-se insatisfeitas com seus corpos quando comparados aos das modelos das revistas e procurar métodos não saudáveis para perder peso", diz Greisse.

Entre os adolescentes do sexo masculino, o que mais influenciou as práticas não saudáveis para controle de peso foi o estímulo materno à prática de dietas para emagrecer e a mídia (televisão, artistas de TV e modelos), aumentando o desejo de mudar a aparência corporal.

Cuidados
Os riscos das dietas restritivas na adolescência estão relacionados ao fato de que tais dietas são hipocalóricas, ou seja, não atendem as necessidades nutricionais e podem comprometer o crescimento e desenvolvimento adequados.
"Além disso, relacionadas aos transtornos alimentares, dietas restritivas causam privação física e emocional que podem desencadear frustração, raiva, ou seja, a pessoa sente-se frustrada por não poder comer certos tipos de alimentos, o que, em algum momento, pode levar à compulsão alimentar e esta, por sua vez, ao sentimento de culpa e medo de engordar, podendo desencadear comportamentos purgativos (vômito autoinduzido, uso de laxantes e diuréticos) compensatórios", ressalta a nutricionista.
Segundo Greisse, é necessário incentivar o consumo de uma alimentação balanceada, com horários regulares e o consumo de alimentos de todos os tipos, de forma variada e prazerosa, a prática de atividade física de acordo com a aptidão de cada um, sem que seja uma obrigação.
 
"Promover a satisfação corporal é primordial, ressaltando para os adolescentes a existência de diversos tipos de corpos e a impossibilidade de padronização de pesos e tamanhos ou medidas corporais. Além disso, é necessário educar os adolescentes sobre a mídia, sobre os malefícios e a ineficência das dietas restritivas presentes em revistas e na internet e sobre a utilização de recursos gráficos que mostram corpos irreais, por exemplo", conclui Greisse.

Com informações da USP.
 
Fonte: I Saúde, Métodos inadequados para perda de peso aumentam risco de transtorno alimentar. Pesquisa da USP mostra que práticas de dieta restritiva aumentam a chance de transtornos alimentares em adolescentes. Acesso em 01/04/2013.

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