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NUTRIGENÉTICA: NUTRIÇÃO PERSONALIZADA.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Para comprovar a máxima “Você é o que você come”, entra em cena a Genômica Nutricional, baseada em mapeamento genético e no estudo de como os genes interagem com determinados nutrientes, seja para o bem ou para o mal. Tal conhecimento é essencial para se evitar doenças graves, como diabetes, cardiopatias e câncer, bem como para manter a aparência jovem por mais tempo e até para auxiliar no emagrecimento.
 
Abordar como a alimentação nos ajuda a ter uma vida mais saudável e prolongada não é assunto novo. Mas a Nutrigenética vai além. Considerada uma ciência relativamente nova dentro da área da nutrição (promove interface entre genética, nutrição molecular, biologia molecular, farmacogenética e medicina molecular), o conceito está baseando no estudo de como pequenas alterações na sequência de genes podem modular, em alguma extensão, o metabolismo, fazendo com que os indivíduos respondam em graus diferentes à ingestão de determinados nutrientes.

“Ela estuda como a influência da variabilidade genética interfere na resposta individual à alimentação. De maneira mais simples, isso quer dizer como o nosso DNA responde a nossa alimentação e o que e quanto devemos comer para postergar ou reduzir o risco do desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), principalmente síndrome metabólica, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer”, explica Aderuza Horst, nutricionista, doutora e pós-doutora em Ciência dos Alimentos pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP) e integrante da equipe do Centro de Genomas®, laboratório referência em Medicina Molecular e Genética Avançada.

A primeira etapa para elaboração de recomendações nutricionais individualizadas, baseadas no genótipo e capazes de reduzir o risco de algumas doenças, promover a saúde e proteger contra o envelhecimento precoce, é o estabelecimento da relação entre uma determinada variação genética e o problema em si. “Por exemplo, no caso de fenilcetonúria, que resulta de uma mutação específica no gene que codifica a enzima fenilalanina hidroxilase, o paciente acumula fenilalanina (parte integral de todas as proteínas do corpo) no sangue devido à incapacidade de metabolizar esse aminoácido em tirosina (que participa da síntese de melanina). Uma intervenção nutricional logo nos primeiros dias de vida pode reduzir as complicações decorrentes do mal, garantindo ao paciente um desenvolvimento psicomotor normal, sem convulsões, hiperatividade, tremor e microcefalia, que são consequências comuns desta doença”, argumenta a especialista.

PARTICULARIDADES DE CADA UM
O teste de Nutrigenética® do Centro de Genomas® avalia variações genéticas ligadas às necessidades nutricionais e que também estão relacionadas à predisposição para o desenvolvimento de DCNT. A metodologia empregada para se fazer essa avaliação é variável e depende de cada laboratório. No Centro de Genomas®, o teste é muito simples e não invasivo (é importante destacar que esse perfil nutrigenético é único e exclusivo, desenvolvido por profissionais altamente capacitados do Grupo de Inteligência Genética do Centro de Genomas® e realizado no Brasil): faz-se uma coleta de saliva do paciente, de onde o DNA é extraído, e em um chip e equipamentos de tecnologia de última geração são mapeados, de uma só vez, 125 polimorfismos distribuídos da seguinte forma:
Genes associados à obesidade
Regulação do metabolismo lipídico
Risco do desenvolvimento de Diabetes tipo 2
Hipertensão arterial sistêmica
Metabolismo do folato
Metabolismo da vitamina D
Intolerância à lactose (hipolactasia primária)
Intolerância ao glúten (doença celíaca)
Metabolismo da cafeína
Modulação da resposta inflamatória, estresse oxidativo e destoxificação
Metabolismo de vitaminas
 
INVESTIMENTO DE LONGO PRAZO
Embora, atualmente, procedimentos usados para mapeamento genético ainda não sejam acessíveis a todos, vale pensar que o custo com esta avaliação será feito apenas uma vez na vida, de modo a se obter resultados que garantirão saúde e bem-estar ao longo do tempo. “Creio que a popularização de testes genéticos deve ser uma opção em breve, pois esta análise auxilia na capacidade de identificar grupos de indivíduos mais receptivos à determinada intervenção, ajudando num melhor direcionamento de recursos em saúde pública. Isso especialmente pela prática da medicina preventiva, preditiva, participativa e personalizada, que resulta em maiores benefícios, redução da gravidade e do risco do desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis”, defende Aderuza Horst.
Além da informação genética, avaliações do paciente e exames complementares são realizadas. “No Centro de Genomas® oferecemos, junto com o teste de Nutrigenética®, o aconselhamento genômico nutricional, dando base para o médico ou nutricionista indicar dieta e suplementos de acordo com o resultado genético do paciente”, conta.

CHECK LIST NUTRIGENÉTICA
Conceito: nossa constituição genética é única e ela determina nossas necessidades nutricionais. Os nutrientes são capazes de interagir com o genoma e alterar a expressão gênica, ação que pode afetar o desenvolvimento normal e interferir na suscetibilidade individual para desenvolver determinada doença ou estimular um estado de saúde.
Benefícios: combate às doenças crônicas não transmissíveis, qualidade de vida, melhores resultados em emagrecimento, possibilidade de identificar intolerâncias alimentares antes do surgimento dos sintomas.
Ferramenta: mapeamento genético feito por meio da saliva.
Tratamento: dieta saudável e personalizada elaborada de acordo com a composição genética individual e suas necessidade/reações a determinados nutrientes.

Fonte: Max, Nutrigenética: A nova era da nutrição personalizada. Acesso em 14/10/2013.

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