A herança epigenética já mostrou que as células herdam informação que não está no DNA.[Imagem: Mariana Silva/Lars Jansen/IGC]
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Outrora visto como um registro definitivo a guiar o que acontece ou não com o corpo humano, hoje o DNA já é encarado com outros olhos por um crescente número de cientistas.
Essas alterações podem ter efeitos específicos sobre o metabolismo, sendo benéficos ou causando danos nos órgãos ou doenças, dependendo do estilo de vida.
Frequentemente, essas alterações levam à metilação do DNA, um processo no qual grupos metílicos são adicionados a segmentos específicos do DNA, sem alterar sua sequência.
Esses processos podem influenciar a função do gene, sendo conhecidos como epigenética.
Epigenética e metabolismo
Este é o primeiro estudo de larga escala associando o epigenoma com metabólitos e genes modificados pelo estilo de vida.
O grupo analisou mais de 457 mil locais no DNA em busca de alterações bioquímicas, e comparou-as com as concentrações de 649 metabólitos diferentes.
A análise revelou que a metilação de 28 segmentos de DNA altera uma série de processos metabólicos importantes.
"Agora podemos usar estes resultados para desenvolver novas abordagens diagnósticas e terapêuticas para doenças relacionadas com o estilo de vida, tais como o diabetes," concluíram
Há outros grupos procurando associações mais específicas no epigenoma, procurando descobrir, por exemplo, como a epigenética altera os genes ligados ao câncer.
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