Quando há alterações acentuadas no equilíbrio, um estado pró-oxidante é gerado, levando assim ao chamado estresse oxidativo. |
Mais que qualquer outro tecido, é exposta a inúmeros agentes químicos, físicos e microbiológicos, muitos dos quais induzem à formação de espécies reativas de oxigênio (ERO) e de nitrogênio (ERN). Estas espécies são fundamentais em diversos processos fisiopatológicos e bioquímicos, mantendo a sobrevivência e a homeostase celular, sendo que há um equilíbrio refinado entre sua formação e remoção. Porém, quando há alterações acentuadas neste equilíbrio, um estado pró-oxidante é gerado, levando assim ao chamado estresse oxidativo.
O sistema antioxidante cutâneo é formado por substâncias enzimáticas e não-enzimáticas. Dentre os antioxidantes enzimáticos, destacam-se a glutationa peroxidase (GPx), a catalase (CAT) e a superóxido dismutase (SOD).
A SOD, que contribui para um dos mecanismos antioxidantes mais eficientes, converte O2 em peróxido de hidrogênio (H2O2), prevenindo os danos que poderiam ser causados por este radical. Diversos tipos de SOD são descritos na literatura, podendo estar localizadas no citosol, em organelas celulares específicas ou extracelularmente, e cujos sítios ativos podem conter diferentes íons (como cobre, zinco, manganês ou ferro).
Os antioxidantes não-enzimáticos, ou de baixo peso molecular também contribuem com a manutenção do balanço redox celular.
Dentre as substâncias endógenas podemos destacar alguns hormônios, como estradiol e estrógeno que apresentam atividade antioxidante semelhante à vitamina E e a melatonina, reguladora do relógio biológico nos mamíferos, que também apresenta atividade antioxidante, além de induzir a síntese de antioxidantes enzimáticos in vivo, como a glutationa peroxidase.
Destacam-se também o ácido lipóico, um cofator essencial em vários complexos enzimáticos que apresenta atividade antioxidante e que pode atuar como regenerador de formas oxidadas de glutationa, ascorbato e a-tocoferol; bem como a melanina, um pigmento formado pela oxidação e polimerização da tirosina, com papel protetor contra a radiação UV, que também possui papel antioxidante.
Diversos fatores podem iniciar ou contribuir para alterações no equilíbrio redox na pele, sendo que muitos aceleram o envelhecimento intrínseco cutâneo, ou seja, o envelhecimento cronológico inerente a todos os órgãos. A exposição solar é um dos fatores mais importantes, por seus efeitos cumulativos, podendo ter como consequência o câncer de pele.
Fonte: Thais Guaratini; Marisa H. G. Medeiros; Pio Colepicolo. Antioxidants in the skin: applications and evaluation of their efficacy. Quím. Nova vol.30 no.1 São Paulo Jan./Feb. 2007. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422007000100033
Além da exposição ao sol como nociva à pele, temos a desidratação crônica e falta de micronutrintes. A fumaça do cigarro, a exposição à poluentes ambientais, bem como a ingestão de bebidas alcoólicas, não contribui a produção eficiente de SOD.
0 comentários:
Postar um comentário