71 calorias, 19,3g de carboidratos, 6,5g de fibras, 164mg de potássio em 100g. |
Quando o caqui chega ao ponto ideal de consumo, ele alcança um sabor doce
intenso, que supera muitas outras frutas. “O caqui é rico em açúcares,
principalmente glicose e frutose”, afirma Isis Moreira, nutricionista da
Universidade de Brasília (UnB).
A
cor de um alimento pode revelar muito sobre sua composição nutricional. O
vermelho do caqui indica que ele é rico em vitamina A,
necessária para a saúde da visão e a manutenção do sistema imunológico. “Essa
vitamina também está ligada à integridade dos tecidos de nosso organismo”,
aponta Viviane Chaer Borges, nutricionista do Hospital Beneficência Portuguesa.
A ligação da fruta com a saúde da pele é significativa. “Ela tem uma quantidade
considerável de compostos antioxidantes como os polifenóis e beta-carotenos”,
destaca Isis. Tais componentes têm propriedades capazes de combater o
envelhecimento das células e, por isso, podem amenizar os efeitos do tempo na
pele.
O caqui também tem potássio. “É bom para a prática de exercícios e
recuperação após o desgaste físico”, indica Viviane. A dica é interessante aos
adeptos da musculação e da corrida. Por combinar altas doses de açúcar e
potássio, o caqui pode ser uma fonte de energia rápida, com efeitos positivos
mesmo quando consumida pouco antes do treino. “A fruta pode proporcionar picos
glicêmicos”, explica.
Contudo, essa característica aparentemente positiva aos adeptos da malhação
pode representar um risco aos diabéticos. Nestes casos, é melhor combinar a
fruta com outros alimentos para proporcionar uma absorção mais lenta. “Granola e
iogurte batido são boas opções”, orienta Viviane. Tais combinações ajudam a
evitar os picos glicêmicos.
A composição nutricional do caqui ainda apresenta as vitaminas B1 e B2,
vitamina C e minerais. “A fruta é uma possível aliada no combate de doenças
neurodegenerativas e inflamatórias, envelhecimento precoce, aterosclerose e até
mesmo na prevenção do câncer”, destaca Isis.
Cerca de 70% da fruta é composta por água. E há presença significativa de fibras
solúveis, um tipo característico das frutas cítricas e que é capaz de
reduzir a absorção da gordura de outros alimentos.
A combinação de água com fibras solúveis aumenta a sensação de saciedade.
Isso faz da fruta uma boa alternativa de sobremesa saudável.
A melhor forma de consumi-lo, assim como qualquer outra fruta, é in natura.
“Isso preserva seus nutrientes que são passíveis de degradação caso haja
variações de temperatura”, esclarece Isis.
O tempo do caqui é algo delicado. Ele demora para amadurecer, se comparado a
outras frutas, mas também passa rápido do ponto. Se você exagerou e comprou mais
do que deveria, pode guardá-lo em forma de polpa no congelador. “Tire a casca e
misture com sumo de limão”, recomenda Viviane.
Esse processo pode fazer o alimento durar por até 30 dias. Mas não demore
para consumi-lo. “Com o tempo, ele começa a perder suas propriedades
nutricionais”, esclarece Viviane.
Detalhe importante:
nunca lave a fruta para guardá-la na geladeira ou deixá-la na mesa para o
consumo posterior. Lave apenas na hora de comê-la, pois o caqui azeda fácil.
O valor calórico desse alimento é baixo, varia entre 65 e 85 calorias por 100
gramas, dependendo do tipo. No sabor, o caqui chocolate apresenta uma pequena
diferença de textura. “Ele é mais duro, porém amarra menos a boca”, diz
Viviane.
Isis destaca ainda que incluir o caqui na dieta diária ajuda, mas não é
suficiente para garantir uma alimentação saudável. “Alimentos não fazem milagres
sozinhos. É preciso que se tenha uma alimentação equilibrada, rica em vitaminas
e minerais, com um bom consumo de frutas e hortaliças”, recomenda.
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