Como muitos esportistas, a maratonista inglesa Kate Mori sempre bebeu bastante líquido antes, durante e depois de uma corrida, em vez de esperar até que sentisse sede.
E foi isso o que fez em 2007, durante a Maratona de Londres, quando tomou água frequentemente ao longo do percurso. No entanto, já próximo da linha de chegada, Mori se sentiu muito mal e precisou da ajuda de outros corredores para ficar em pé.
Horas depois, ela estava no hospital, sofrendo com diarreia grave, vômitos e confusão mental. Ao contrário do que se imaginava, ela não estava desidratada. O problema era o oposto: tinha bebido água demais. Como resultado, desenvolveu uma condição perigosa, mas pouco conhecida, chamada de exercício associada à hiponatremia (EAH), ou intoxicação por água.
Conheça o problema
A EAH é marcada por uma baixa concentração de sódio no sangue e pode provocar o inchaço do cérebro, causando confusão, perda de consciência e convulsões.
A médica com formação em medicina esportiva Suzete Motta explica que a água é um componente vital para a saúde do corpo humano e essencial durante uma sessão muito longa de exercícios. Sem ela, não é possível sobreviver, já que o corpo desidrata, o volume de sangue fica menor do que o normal e todas as funções vitais passam a não funcionar da forma correta.
Entretanto, esse líquido tão necessário para uma vida saudável também pode trazer malefícios. Suzete explica que a recomendação é que sejam ingeridos de dois a três litros de água diariamente.
Quando consumida em excesso, ela pode gerar um quadro de hiponatremia, condição que também pode relacionar-se com suor excessivo, queimaduras graves, desidratação prolongada, problemas do fígado e dos rins, entre outras doenças e condições médicas.
De acordo com a especialista, no caso de hiponatremia causada pela intoxicação por água, o indivíduo ingere quantidades tão altas da bebida que o sódio e outros eletrólitos ficam diluídos a ponto de comprometer suas funções, podendo ocorrer até alteração na pressão arterial e contração muscular.
— Quando detectada precocemente, a intoxicação por água pode ser controlada, mas, quando não tratada, pode levar ao coma e até à morte. Entre os sintomas do problema estão fortes dores de cabeça, confusão mental e, em casos mais graves, edema cerebral — alerta a médica.
A quantidade exata de água que pode gerar quadro de hiponatremia ainda é indefinida e varia de pessoa para pessoa. No entanto, o problema é mais comum em crianças menores de seis meses e atletas — como maratonistas — que acabam ingerindo uma grande quantidade exagerada do líquido durante ou ao final de cada prova.
Suzete sugere o consumo de bebidas isotônicas ao longo da corrida, uma vez que elas repõem os sais minerais do organismo e podem ser uma forma de prevenir a doença.
Mas ela alerta que isso não deve ser desculpa para as pessoas beberem pouca água. Um adulto, por exemplo, pode processar até 15 litros em um único dia, sem trazer malefícios para a saúde.
— A situação de risco se configura por beber água excessivamente em um curto espaço de tempo e, principalmente, em pacientes com determinados fatores de risco — adverte.
Conselhos para maratonistas
— Hidrate-se quando sentir sede. Aderir a um plano rígido de hidratação pode ser potencialmente perigoso.
— Pese-se antes e após o treinamento, em diferentes condições de tempo e intensidade do exercício, para entender como o seu corpo responde ao beber líquidos. Se você pesa o mesmo (ou mais) do que quando começou, você pode ter bebido líquidos demais.
— As bebidas esportivas podem conter uma baixa concentração de sódio, mas não vão impedir o desenvolvimento de EAH em corredores que bebem em excesso.
— Se você tem inchaço, náuseas, vômitos ou dor de cabeça, procure ajuda médica. Podem ser sinais de alerta precoce de EAH.
E foi isso o que fez em 2007, durante a Maratona de Londres, quando tomou água frequentemente ao longo do percurso. No entanto, já próximo da linha de chegada, Mori se sentiu muito mal e precisou da ajuda de outros corredores para ficar em pé.
Horas depois, ela estava no hospital, sofrendo com diarreia grave, vômitos e confusão mental. Ao contrário do que se imaginava, ela não estava desidratada. O problema era o oposto: tinha bebido água demais. Como resultado, desenvolveu uma condição perigosa, mas pouco conhecida, chamada de exercício associada à hiponatremia (EAH), ou intoxicação por água.
Conheça o problema
A EAH é marcada por uma baixa concentração de sódio no sangue e pode provocar o inchaço do cérebro, causando confusão, perda de consciência e convulsões.
A médica com formação em medicina esportiva Suzete Motta explica que a água é um componente vital para a saúde do corpo humano e essencial durante uma sessão muito longa de exercícios. Sem ela, não é possível sobreviver, já que o corpo desidrata, o volume de sangue fica menor do que o normal e todas as funções vitais passam a não funcionar da forma correta.
Entretanto, esse líquido tão necessário para uma vida saudável também pode trazer malefícios. Suzete explica que a recomendação é que sejam ingeridos de dois a três litros de água diariamente.
Quando consumida em excesso, ela pode gerar um quadro de hiponatremia, condição que também pode relacionar-se com suor excessivo, queimaduras graves, desidratação prolongada, problemas do fígado e dos rins, entre outras doenças e condições médicas.
De acordo com a especialista, no caso de hiponatremia causada pela intoxicação por água, o indivíduo ingere quantidades tão altas da bebida que o sódio e outros eletrólitos ficam diluídos a ponto de comprometer suas funções, podendo ocorrer até alteração na pressão arterial e contração muscular.
— Quando detectada precocemente, a intoxicação por água pode ser controlada, mas, quando não tratada, pode levar ao coma e até à morte. Entre os sintomas do problema estão fortes dores de cabeça, confusão mental e, em casos mais graves, edema cerebral — alerta a médica.
A quantidade exata de água que pode gerar quadro de hiponatremia ainda é indefinida e varia de pessoa para pessoa. No entanto, o problema é mais comum em crianças menores de seis meses e atletas — como maratonistas — que acabam ingerindo uma grande quantidade exagerada do líquido durante ou ao final de cada prova.
Suzete sugere o consumo de bebidas isotônicas ao longo da corrida, uma vez que elas repõem os sais minerais do organismo e podem ser uma forma de prevenir a doença.
Mas ela alerta que isso não deve ser desculpa para as pessoas beberem pouca água. Um adulto, por exemplo, pode processar até 15 litros em um único dia, sem trazer malefícios para a saúde.
— A situação de risco se configura por beber água excessivamente em um curto espaço de tempo e, principalmente, em pacientes com determinados fatores de risco — adverte.
Conselhos para maratonistas
— Hidrate-se quando sentir sede. Aderir a um plano rígido de hidratação pode ser potencialmente perigoso.
— Pese-se antes e após o treinamento, em diferentes condições de tempo e intensidade do exercício, para entender como o seu corpo responde ao beber líquidos. Se você pesa o mesmo (ou mais) do que quando começou, você pode ter bebido líquidos demais.
— As bebidas esportivas podem conter uma baixa concentração de sódio, mas não vão impedir o desenvolvimento de EAH em corredores que bebem em excesso.
— Se você tem inchaço, náuseas, vômitos ou dor de cabeça, procure ajuda médica. Podem ser sinais de alerta precoce de EAH.
Fonte: Zero Hora, Excesso de água durante o esporte pode ser prejudicial. Beber água demais pode desenvolver o exercício associado à hiponatremia, que pode causar confusão, perda de consciência e convulsões. Acesso em 23/08/2013.
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