Adultos casados que se submetem à
cirurgia cardíaca têm chances três vezes maiores de sobreviver nos três meses
após a intervenção do que as pessoas solteiras que passam pela mesma cirurgia.
"Esta é uma diferença dramática nas taxas de sobrevivência para as pessoas solteiras, durante o período de recuperação pós-operatório mais crítico. Nós descobrimos que o casamento melhorava a sobrevivência sendo o paciente um homem ou uma mulher. Os resultados ressaltam a importância do papel dos cônjuges como cuidadores durante as crises de saúde. E os maridos foram aparentemente tão bons em cuidar quanto as esposas", disse Ellen Idler, sociologa da Emory University, em Atlanta (EUA), e lider do estudo.
"Esta é uma diferença dramática nas taxas de sobrevivência para as pessoas solteiras, durante o período de recuperação pós-operatório mais crítico. Nós descobrimos que o casamento melhorava a sobrevivência sendo o paciente um homem ou uma mulher. Os resultados ressaltam a importância do papel dos cônjuges como cuidadores durante as crises de saúde. E os maridos foram aparentemente tão bons em cuidar quanto as esposas", disse Ellen Idler, sociologa da Emory University, em Atlanta (EUA), e lider do estudo.
Embora a diferença mais marcante nos
resultados tenha ocorrido durante os primeiros três meses, o estudo mostrou que
o efeito protetor do casamento continua por até cinco anos após a cirurgia de
revascularização do miocárdio. No geral, o risco de mortalidade é quase duas
vezes maior para os solteiros do que para os casados que estão prestes a se
submeter à cirurgia.
O casamento foi associado com uma vida
mais longa desde 1858, quando William Farr observou que ele protegeu contra a
mortalidade precoce na França. As evidências seguem confirmando que viúvos,
indivíduos que nunca se casaram e divorciados têm maiores riscos de mortalidade.
"Queríamos focar em uma
determinada janela de tempo, uma grande crise de saúde, e adicionar o elemento
presencial nas entrevistas com os pacientes, além do registro completo de seu
histórico médico e de hospitalização", afirmou a pesquisadora.
O maior estudo envolveu mais de 500
pacientes submetidos a situações de emergência ou à cirurgia de
revascularização eletiva. Todos os sujeitos do estudo foram entrevistados antes
da cirurgia. Dados sobre o estado de sobrevivência dos pacientes foram obtidos
a partir do National Death Index.
Embora os dados sejam inconclusivos
para embasar a diferença marcante na taxa de sobrevivência de três meses, as
entrevistas forneceram algumas comprovações mais fortes.
Segundo a socióloga, "os pacientes
casados tiveram uma visão mais positiva quando iam para a cirurgia, em
comparação com os demais. Quando perguntados se seriam capazes de controlar a
dor e o desconforto ou as suas preocupações sobre a cirurgia, aqueles que
tinham esposas eram mais propensos a dizer sim".
Os pacientes que sobreviveram mais de
três meses eram quase 70% mais propensos a morrer durante os próximos cinco
anos se fossem solteiros. Uma análise dos dados mostrou que a história de
tabagismo foi responsável pelas menores taxas de sobrevivência entre os pacientes
solteiros durante este prazo mais longo.
"A menor a probabilidade de que as
pessoas casadas fossem fumantes sugere que o controle do cônjuge sobre o
comportamento de fumar produz benefícios a longo prazo para a saúde. Quando se
trata de curar corações, o casamento pode ser um remédio poderoso, mas ele está
cada vez mais escasso, o que não é uma sorte nada boa para os baby boomers em
envelhecimento," completa.
Quase metade dos adultos
norte-americanos são casados atualmente, o menor percentual até agora, de
acordo com o Pew Research Center.
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