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ATUALIZAÇÕES ENTRE NUTRIENTES E PREVENÇÃO.

terça-feira, 20 de março de 2012
Aumentos, mesmo que pequenos, no consumo de ômega-3 resultam em grandes reduções de arritmias cardíacas e ataques cardiovasculares fatais, especialmente em diabéticos. Um estudo publicado na revista médica Diabetes Care revela a redução no risco de arritmias ventriculares e enfarte do miocárdio entre diabéticos que receberam pequenas doses de ômega-3 (223 mg de EPA). A diminuição cifrou-se em 84% e 72 % respectivamente.

Foi relatada uma associação positiva entre os níveis circulantes de vitamina D e uma diminuição no risco de contrair cancro do pâncreas. Após se ter estudado 451 pessoas diagnosticadas com cancro do pâncreas. Após períodos compreendidos entre 14.1 e 25.3 anos, foi colhido plasma para analisar os níveis de 25-OHcolecalciferol (vitamina D). Uma diminuição no risco de cancro pancreático foi observada nas pessoas com níveis mais elevados desta vitamina. Já sabíamos que níveis elevados de vitamina D anulavam virtualmente o risco de cancro da mama. Vem aí a Primavera. Aproveitem o Sol e exponham-se sem protector durante20 a30 minutos. Produzirão desta forma cerca de 20 000 UI desta vitamina por cada dia de exposição. Mas cuidado: não tomem banho a seguir à exposição pois retiram a maior parte da vitamina recém-formada na pele.

Investigadores suecos relataram que uma dieta rica em antioxidantes está associada a um menor risco de AVC nas mulheres. O grupo de investigadores avaliou 5 680 mulheres com história de ataque cardiovascular e 31 035 sem história da doença. Analisada a capacidade antioxidante total, uma medida da luta contra os radicais livres por parte dos antioxidantes da alimentação, os indivíduos livres de doença foram observados por 11 anos e os doentes durante 9.6 anos. Para os maiores consumidores de antioxidantes houve uma redução de AVC na ordem dos 17% em comparação com os que menos antioxidantes ingeriam, bem como uma redução de 46% no risco de AVC hemorrágico.

Uma tese do doutoramento de Morten Georg Jensen da Universidade de Copenhaga na Dinamarca concluiu que o alginato, uma fibra viscosa proveniente das algas marinhas, pode ajudar à perda de peso quando consumida regularmente em doentes adultos com excesso de peso. Foram observados doentes durante 3 anos que tomaram doses diferentes de alginato, bem como 96 pessoas obesas que ingeriram alginato durante doze semanas. Todos perderam gordura numa média de 2 quilogramas.

O American Jounal of Clinical Nutrition publicou um largo estudo com 900 partyicipantes em que os doentes receberam quer ácido fólico na dose de 400 microgramas e vitamina B12 na dose de 100 microgramas, quer placebo durante dois anos. As funções cerebrais relacionadas com a inteligência (cognitivas) como a atenção, orientação, memória e processamento de informação foram mais elevadas no grupo dos pacientes que receberam a medicação quando comparado com o grupo placebo.

COMPLEXO B E LONGEVIDADE
Um estudo em 1747 pessoas maiores do que 65 anos seguidos durante 8 a 9 anos mostrou que os indivíduos com os níveis mais elevados de complexo B tinham uma redução na mortalidade em geral na ordem dos 26%. Foi dada particular relevância às vitaminas B1, B3, B6 e ácido fólico. O simples fato de que o complexo B desempenha tantas tarefas biológicas é a melhor razão para nunca deixarmos diminuir os seus níveis. A vitamina B12 é um nutriente à parte, dada a sua relevância e as particularidades da sua absorção. A nossa alimentação moderna enferma de falta das vitaminas B, especialmente se comer demasiados alimentos processados. Estas vitaminas são consumidas mais rapidamente face ao stress e são perdidas pelo suor durante o exercício. Dado serem solúveis na agua – hidrosolúveis – precisamos de as consumir frequentemente de forma a fazer face às necessidades em energia requerida pela vida. Quando uma pessoa tem complexo B em quantidade suficiente, a sua energia e humor estão no auge. E para alem disto aumenta a longevidade.

MAIS SOBRE A VITAMINA D
Um importante estudo feito em larga escala examinou a relação entre a suplementação com vitamina D e a taxa de morte em geral. A maioria dos estudos acerca da vitamina D m relacionado os níveis séricos obtidos através da exposição solar sendo esta a primeira vez que se avalia o efeito da suplementação. Numerosos estudos e metanálises sugerem uma associação negativa entre a longevidade e a insuficiência em vitamina D; contudo, o efeito da suplementação com esta vitamina em relação à morte em geral ainda não tinha sido estudado. É um estudo importante pela sua dimensão pois foram estudadas durante cinco anos 10.000 pessoas.

O estudo prova inequivocamente que a vitamina D oral diminui o risco de morte. Pessoalmente, tenho uma vasta experiência com os doentes portugueses no que concerne à vitamina D. Há anos que os meus pacientes fazem o doseamento de 25-OH colecalciferol, e há anos que verifico que mais de 95% deles apresentam uma insuficiência em vitamina D. E tenho doentes desde o Minho à Madeira, o que já representa uma boa amostra da população. Dada a enorme importância desta vitamina para a sua saúde, sabe quais são os seus níveis? Mas se é leitora deste blog sabe que níveis ajustados de vitamina D previnem a osteoporose e o cancro da mama, já para não falar da doença cardiovascular! No entanto, só o facto de suplementar a sua alimentação com vitamina D corta o seu risco de morte prematura em 50%. Ora, este estudo baseou-se numa “normalidade” de 30 ng/ml para a vitamina D, sabendo nós que menos de 50 ng/ml equivale a um estado de insuficiência D. Níveis adequados, ou seja, maiores do que 70 ng/ml combatem doenças como:
  • Cancro
  • Hipertensão arterial e doença
    cardiovascular
  • Obesidade e diabetes
  • Esclerose múltipla e demência
  • Envelhecimento e depressão
Mas não se iludam, o sol é insubstituível. Sempre que puder exponha-se durante 20 minutos, em média.
Fonte: Dr. Luis Romariz, NOVIDADES. Acesso em 20/03/2012.

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