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TIPOS DE ADOÇANTES.

terça-feira, 31 de maio de 2016
Os adoçantes ou edulcorantes, são substâncias químicas, obtida de matérias primas naturais ou artificiais desenvolvidas pela indústria de alimentos. O poder de adoçamento é maior do que o da sacarose (obtida da extração da cana de açúcar). O objetivo destas substâncias de substituir total ou parcialmente o açúcar.

Adoçantes de mesa: produto formulado para conferir sabor doce aos alimentos e bebidas, devendo ser constituído por edulcorantes previstos na legislação e açúcar. Não é indicado para diabéticos.

Adoçantes dietéticos: produto formulado para dietas com restrição de sacarose, frutose e ou glicose para atender às necessidades de pessoas sujeitas à restrição da ingestão desses carboidratos. As matérias-primas frutose, sacarose e glicose não podem ser utilizadas em sua fabricação.

Inicialmente, os adoçantes foram formulados para atender as necessidades de diabéticos em substituição ao açúcar. Nos dias atuais os adoçantes também são utilizados em planos alimentares para perda de peso por em geral possuírem baixo ou nenhum valor calórico.

Atualmente existem 7 tipos de adoçantes liberados no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A venda destes só ocorre após testes que confirmem a segurança de utilização em humanos. O quadro 1 sintetiza as principais substâncias encontradas nos adoçantes dietéticos à venda no Brasil.
  • Sacarina: foi descoberta em 1879. Está aprovada para utilização em produtos industrializados e como adoçante de uso geral. Pode ser utilizada também em preparações assadas.
  • Aspartame: foi aprovado em 1981. Atualmente seu uso está liberado como adoçante de uso geral, mas não deve ser utilizado para alimentos que necessitem ser assados. Não pode ser utilizado por pessoas que contenham fenilcetonúria, pois um de seus componentes é a fenilalanina e a ingestão dessa substância deve ser controlada por pacientes com essa doença.
  • Acessulfame de Potássio (Acessulfame – K): Foi aprovado pela primeira vez em 1988. Geralmente aparece nos rótulos dos alimentos como: Acessulfame K, Acessulfame de potássio ou Ace-K. Em 2003 foi aprovado como adoçante de uso geral e intensificador de sabor em alimentos, sob algumas condições de uso. Pode ser utilizado como substituto do açúcar em produtos assados.
  • Sucralose: foi aprovada para utilização como adoçante de uso geral em 1999, sob algumas condições de uso. É encontrada em alimentos como: produtos de padaria, bebidas, chicletes, gelatinas e sobremesas congeladas à base de leite. É um substituto do açúcar para produtos assados.
  • Neotame: a sua utilização foi aprovada em 2002, como adoçante de uso geral e intensificador de sabor de alimentos, mas possui condições para o seu uso. Pode ser utilizado como substituto do açúcar em produtos assados.
  • Estévia: produzida com as folhas de uma planta conhecida como Stevia, encontrada em alguns lugares da América do Sul. Seus testes foram realizados em 2008 e a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece seu uso. Pode ser utilizada como adoçante de uso geral e como substituta do açúcar para produtos assados.
  • Ciclamato: ciclamato foi um dos primeiros adoçantes descobertos, sendo que a sua aprovação também contou com a análise de inúmeros estudos científicos. Hoje, seu consumo é permitido em mais de 50 países na Europa, Ásia, América do Sul, Norte e África . No final da década de 60 e começo da de 70, surgiu a hipótese de que o ciclamato poderia causar câncer de bexiga. Há aproximadamente 475 estudos científicos comprovando que o ciclamato não é carcinogênico. 24 estudos mostraram que, mesmo após ingestões elevadas de ciclamato durante toda a vida, não houve alteração ou formação de câncer em animais de laboratório. Inúmeros estudos também em humanos comprovaram esse mesmo resultado. Por isso, mantém se a aprovação e dosagem atribuídas ao ciclamato. No Brasil, é permitido também o uso de ciclamato. Pode ser utilizado como substituto do açúcar e para utilização em produtos assados.

Frequentemente alguns adoçantes são criticados por poderem causar doenças. Entretanto, dentro da recomendação de ingestão diária não existem estudos que comprovem os malefícios. Além disto, a segurança dos adoçantes também é testada durante o aquecimento e, por este motivo muitos não tem indicação na culinária quente.
Quadro 1: Tipos de adoçantes e IDA (Ingestão Diária Aceitável)
Quadro adaptado de: Food and Drug Administration, 2015; CUPPARI, Lilian et al., 2015; ROSS et al, 2016.

Referências:

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Alimentos e bebidas para fins especiais e alimentos com informação nutricional complementar. Disponível em: . Acesso em: 14 mai 2016.
AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Low - Calorie Sweeteners. Disponível em: . Acesso em: 07 mai. 2016.
BRASIL. Resolução nº 18 de 24 de março de 2008. Dispõe sobre o “Regulamento Técnico que autoriza o uso de aditivos edulcorante em alimentos, com seus respectivos limites máximos”. Publicado no D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 25 de março de 2008.
CUPPARI, Lilian et al. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da EPM – UNIFESP - Nutrição Clínica no Adulto. 3 ed. Barueri: Manole, 2015. 578 p.
ROSS, Catharine A. Nutrição Moderna de Shils na Saúde e na Doença. 11 ed. Barueri: Manole, 2016. 1.642 p.
UNITED STATES OF AMERICA. Food and Drug Administration. High Purity Steviol Glycosides. 2014, 152p.
U.S. FOOD AND DRUG ADMINISTRATION. Additional Information about High – Intensity Sweeteners Permitted for use in Food in the United States. Disponível em: . Acesso em: 06 mai. 2016
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Evaluations of the Joint FAO/ WHO Expert Committee on Food Additives (JECFA). Disponível em: . Acesso em 14 mai. 2016.

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