Seu bebê adorava comer quiabo, pegava florzinha de brócolis na mão e, de repente, passou a odiar tudo isso? Já não é mais aquele guloso que comia toda hora? Faz birra na hora das refeições, só quer comer da maneira “tal” e só bebe no copo verde de bolinhas amarelas?
Acalme-se, talvez você, como eu, seja mãe de um mini-adolescente! Entre 18 meses e 3 anos a criança deixa de ser bebê e deseja afirmar sua independência a toda prova. Diversos autores denominam esse período de miniadolescência, uma etapa normal no desenvolvimento de nossos filhos, na verdade, um período de transição, que como qualquer outro, requer cuidados.
Para aqueles que ainda não chegaram a essa fase, sugiro variarem o cardápio do bebê o máximo possível, oferecendo todos os tipos de alimentos, com sabores e apresentações diferentes. Quanto mais acostumada a alimentos azedos, sólidos, líquidos, frios, mornos, etc, menos seletiva a criança será quando essa temida fase chegar. Mas se seu filho já começou a dar sinais de que algo está “errado”, anote essas dicas (e espalhe para suas amigas também), elas podem ser valiosas para uma mãe irritada com a birra do mini-adolescente:
- Ignore os acessos de birra;
- Continue a oferecer a comida habitual e também, novos alimentos, como fazia até o momento;
- Varie bem o cardápio, crie pratos diferentes, peça a ajuda dele no preparo da comida e montagem do prato;
- Retire o que ele não comer sem fazer comentários (por favor, não demonstre estar “desesperada” mesmo que realmente esteja);
- Não comente sobre isso na frente dele, não use expressões do tipo: – Meu filho parou de comer, não sei mais o que fazer com esse menino…. – Não isso, não aquilo. Nossos filhos estão muito atentos ao que falamos mesmo quando parecem brincar distraidamente.
- Nunca force a criança a comer, bata ou dê punições por causa da alimentação.
- Não ofereça presentes para que ele volte a comer. Chantagens não levam a lugar nenhum.
- Sentem-se à mesa e comentem entre vocês sobre como a comida está gostosa, como vocês todos ficarão fortes e inteligentes porque estão comendo tudo!
- Não compare a quantidade que seu filho come com os filhos de suas amigas, cada criança é uma, tem uma necessidade diferente das demais.
- Lembre-se, até 1 aninho o ritmo de ganho de peso da criança e o crescimento eram muito acelerados. A partir dessa idade, as curvas de crescimento são mais estáveis e isso influencia na necessidade energética e na fome da criança.
- Converse com o pediatra da criança ou nutricionista e observe como ele está nas curvas de crescimento. Se estiver tudo bem, tranquilize-se.
- Por favor, não se desespere e comece a oferecer guloseimas no lugar de comida. Se cair nessa cilada, vai ser muito difícil retomar as rédeas da situação no futuro.
- É melhor que ele coma em pouca quantidade alimentos saudáveis, que um “monte” de porcarias.
Acalme-se!!!! Ele vai sentir fome e voltará a comer! Prometo! Não conheço nenhuma criança que tenha ficado gravemente doente por ter pulado algumas refeições.
Fonte: Andreia Friques.
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