As bactérias estão por toda parte do organismo, causando estragos e também trazendo benefícios, dependendo da espécie, da parte do corpo em que ficam alojadas e de como está o sistema de defesa. Pois não é que elas parecem estar envolvidas até na obesidade e no emagrecimento? As bactérias que vivem no intestino, segundo novas evidências científicas, desempenham papel na extração de nutrientes e calorias da comida, bem como seu estoque e gasto. Foi isso que observou uma recente pesquisa realizada pela Universidade Jiao Tong, em Xangai, na China.
Os pesquisadores conseguiram fazer com que um homem de 26 anos, que pesava quase 175 quilos, emagrecesse mais de 50 quilos em apenas 23 semanas. Okay, ele fez uma dieta de restrição calórica, com pouco mais de 1.300 calorias por dia. Mas quem já fez dieta — levante a mão quem não tiver passado por isso — sabe que nem sempre cortar calorias é garantia de perder os pesos extras na proporção esperada.
O poder dos grãos integrais
O personagem da pesquisa, além de consumir aporte calórico reduzido, alimentou-se com uma dieta composta por mingau integral, que incentivou o crescimento das bactérias boas em seu sistema digestivo e que acabou com as enterobacters: as más bactérias. Ao começar a dieta, esses micro-organismos representavam cerca de 35% das bactérias presentes no seu sistema digestivo. Com o consumo da papa de grãos, a taxa caiu. Para tirar a prova dos quilos, os cientistas avaliaram dois grupos de camundongos desenvolvidos em laboratório para não terem enterobacter. Ambos passaram a comer uma dieta calórica. Depois, injetou-se no organismo de um dos grupos uma grande dose de enterobacter. Os camundongos sem bactérias não engordaram tanto quanto os outros.
A influência da microbiota
“Hoje sabe-se que algumas bactérias intestinais provocam alteração na absorção alimentar e, com isso, causam obesidade”, explica Flávio Quilici, presidente da Sociedade Brasileira de Gastroenterologia de São Paulo (SGSP). Se a ciência descobrir como adestrar essas bactérias, está resolvido o problema dos quilos que se acumulam na hora e no lugar errado? Bom, a questão não é bem assim, pelo menos por enquanto. “Embora os estudos caminhem para a comprovação de que a manipulação das bactérias intestinais possa favorecer o tratamento da obesidade, é preciso levar em conta a grande diversidade da microbiota humana, além de outros fatores que agem sobre o ganho de peso, como a genética e o sedentarismo”, diz a nutricionista Carla Muroya, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Benefícios para a flora intestinal
A incerteza que ainda paira sobre o papel dos probióticos no controle da obesidade não deve desmotivar o seu consumo. Não restam dúvidas de que fazem bem à saúde. E mesmo que o resultado mais imediato não seja a perda de peso, há outras vantagens. “Estudos mostram sua atuação na saúde como um todo, que vai desde o equilíbrio imunológico até a prevenção de cânceres, melhora das doenças digestivas (síndrome do intestino irritável), dermatites e redução da celulite”, diz a nutricionista Daniela Jobst, do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional (SP).
Um estudo publicado em maio de 2012 pela American Medical Association [Associação Médica Americana] revelou que comer alimentos com probióticos reduz os riscos da diarreia que costuma atacar os pacientes que usam antibióticos. Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da RAND Health, órgão fiscalizador de pesquisas científicas americano, avaliaram 82 estudos sobre o assunto.
Os antibióticos objetivam eliminar os micro-organismos responsáveis por causar doenças. Mas acabam matando também as bactérias benéficas, gerando um desequilíbrio intestinal que tem como consequência a diarreia. O papel do probiótico, nesse caso, é reequilibrar a flora intestinal.
Probióticos vendidos em supermercados devem ter a seguinte frase: “O (nome do micro-organismo) contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para obter os benefícios desse tipo de alimento é preciso consumi-lo diariamente. A orientação é ingerir no mínimo 10 unidades formadoras de colônia (UFC) ao dia. A maioria dos iogurtes e leites fermentados trazem essa quantidade em uma única dose. Comer dois ou três potinhos não faz mal, mas não faz grande bem. Bactérias consumidas em excesso são eliminadas. O segredo é incluí-los de forma equilibrada na dieta.
Os pesquisadores conseguiram fazer com que um homem de 26 anos, que pesava quase 175 quilos, emagrecesse mais de 50 quilos em apenas 23 semanas. Okay, ele fez uma dieta de restrição calórica, com pouco mais de 1.300 calorias por dia. Mas quem já fez dieta — levante a mão quem não tiver passado por isso — sabe que nem sempre cortar calorias é garantia de perder os pesos extras na proporção esperada.
O poder dos grãos integrais
O personagem da pesquisa, além de consumir aporte calórico reduzido, alimentou-se com uma dieta composta por mingau integral, que incentivou o crescimento das bactérias boas em seu sistema digestivo e que acabou com as enterobacters: as más bactérias. Ao começar a dieta, esses micro-organismos representavam cerca de 35% das bactérias presentes no seu sistema digestivo. Com o consumo da papa de grãos, a taxa caiu. Para tirar a prova dos quilos, os cientistas avaliaram dois grupos de camundongos desenvolvidos em laboratório para não terem enterobacter. Ambos passaram a comer uma dieta calórica. Depois, injetou-se no organismo de um dos grupos uma grande dose de enterobacter. Os camundongos sem bactérias não engordaram tanto quanto os outros.
A influência da microbiota
“Hoje sabe-se que algumas bactérias intestinais provocam alteração na absorção alimentar e, com isso, causam obesidade”, explica Flávio Quilici, presidente da Sociedade Brasileira de Gastroenterologia de São Paulo (SGSP). Se a ciência descobrir como adestrar essas bactérias, está resolvido o problema dos quilos que se acumulam na hora e no lugar errado? Bom, a questão não é bem assim, pelo menos por enquanto. “Embora os estudos caminhem para a comprovação de que a manipulação das bactérias intestinais possa favorecer o tratamento da obesidade, é preciso levar em conta a grande diversidade da microbiota humana, além de outros fatores que agem sobre o ganho de peso, como a genética e o sedentarismo”, diz a nutricionista Carla Muroya, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Benefícios para a flora intestinal
A incerteza que ainda paira sobre o papel dos probióticos no controle da obesidade não deve desmotivar o seu consumo. Não restam dúvidas de que fazem bem à saúde. E mesmo que o resultado mais imediato não seja a perda de peso, há outras vantagens. “Estudos mostram sua atuação na saúde como um todo, que vai desde o equilíbrio imunológico até a prevenção de cânceres, melhora das doenças digestivas (síndrome do intestino irritável), dermatites e redução da celulite”, diz a nutricionista Daniela Jobst, do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional (SP).
Um estudo publicado em maio de 2012 pela American Medical Association [Associação Médica Americana] revelou que comer alimentos com probióticos reduz os riscos da diarreia que costuma atacar os pacientes que usam antibióticos. Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da RAND Health, órgão fiscalizador de pesquisas científicas americano, avaliaram 82 estudos sobre o assunto.
Os antibióticos objetivam eliminar os micro-organismos responsáveis por causar doenças. Mas acabam matando também as bactérias benéficas, gerando um desequilíbrio intestinal que tem como consequência a diarreia. O papel do probiótico, nesse caso, é reequilibrar a flora intestinal.
Probióticos vendidos em supermercados devem ter a seguinte frase: “O (nome do micro-organismo) contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para obter os benefícios desse tipo de alimento é preciso consumi-lo diariamente. A orientação é ingerir no mínimo 10 unidades formadoras de colônia (UFC) ao dia. A maioria dos iogurtes e leites fermentados trazem essa quantidade em uma única dose. Comer dois ou três potinhos não faz mal, mas não faz grande bem. Bactérias consumidas em excesso são eliminadas. O segredo é incluí-los de forma equilibrada na dieta.
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