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PREFIRA ÁGUA!

quinta-feira, 22 de setembro de 2016
No universo em que meus filhos transitam, escola, parques, festas de amigos e famíliares, o ingrediente número 1, nos pedidos durantes lanches, refeições e celebrações é, infelizmente, o terrível refrigerante.


Desde que meus filhos nasceram ou mesmo antes de ser mãe, presenciei cenas de bebês com pouco mais de 1 ano ou antes disso, sendo “alimentados” em suas mamadeiras, por estes venenos tão nocivos à saúde humana.

Há mães que me chamem de fresca, outras que dizem ser “inevitável”,” hora ou outra eles irão tomar”, mas eu digo à vocês, no que depender de mim, isso não acontecerá tão cedo e afirmo, estou fazendo muito bem aos meus filhos.

Que todos nós sabemos que o refrigerante faz mal à saúde, não é novidade. Resta saber, porque outras drogas são de fácil compreensão ao evitarmos que cheguem perto de nossos filhos, e o refrigerante não?


Segundo a nutricionista e engenheira de alimentos Andrea de Almeida Alterio – O refrigerante não contém nutriente nenhum, assim, não traz benefício algum ao organismo após sua ingestão. É importante ressaltar que, quer seja a versão normal quer seja a diet, zero ou light, o refrigerante não possui nutrientes, como vitaminas e minerais, que o corpo precisa para o metabolismo funcionar. Não estamos falando da questão de isenção ou não de açúcar que agrega as calorias dessa bebida, mas de nutrientes essenciais para que as reações químicas do corpo possam acontecer normalmente.

Outro ponto importante a ser destacado é que o ácido fosfórico, usado como acidulante, presente nessa bebida, eleva muito o teor de fósforo e esse nutriente acaba competindo com outros no organismo, impedindo a absorção de alguns nutrientes, entre eles o cálcio, essencial não só para manutenção de massa óssea, crescimento infantil, como também no metabolismo de hormônios que ajudam a controlar o acúmulo de gordura e, portanto, o ganho de peso.

De acordo com o Huffington Post , tomar refrigerante pode aumentar o risco de:

Ataques cardíacos – Pesquisadores da Harvard descobriram que ingerir uma bebida açucarada por dia aumenta 20% o risco de um homem ter um infarto durante um período de 22 anos. O risco se intensificou com o aumento das bebidas doces consumidas.

Síndrome metabólica e doença hepática gordurosa – Mesmo que a pessoa não ganhe peso, o refrigerante açucarado pode ser prejudicial para a saúde cardiovascular – especialmente para as mulheres. As mulheres que ingerem bebidas adoçadas com açúcar são mais propensas a desenvolver níveis elevados de triglicérides – gordura no sangue.Pesquisadores descobriram que as mulheres que consumiam pelo menos duas porções de refrigerante por semana, eram quatro vezes mais suscetíveis a ter altos níveis de triglicérides. Esta gordura passa a envolver os órgãos. como o fígado, o que pode contribuir para risco elevado de doença coronariana cardíaca, diabetes tipo 2 e acidente vascular cerebral.

Ganho de peso – Naturalmente, ao consumir calorias extras ocorre o aumento de peso. Mesmo refrigerante diet podem levar a problemas. Dados recentes demonstraram uma associação entre a bebida sem açúcar e o aumento da cintura.

Osteoporose – Um ingrediente na cola pode prejudicar o cálcio dos ossos. Um estudo de pesquisadores da Tufts University descobriu que mulheres que relataram beber apenas três colas por semana tinham uma perda óssea média de 4% em locais como os quadris do que as mulheres que consumiam outra bebida. Os refrigerantes de cola contêm ácido fosfórico aromatizante. Segundo o autor principal do estudo, Kathleen Tucker, a substância causa maior acidez no sangue, o corpo então usa o cálcio dos ossos para neutralizar o ácido no organismo.

Diabetes tipo 2 – Diabetes anda de mãos dadas com a obesidade e o consumo elevado de açúcar. Um estudo com 90 mil mulheres mostrou que as que ingeriam uma ou mais bebidas açucaradas (como refrigerante ou suco) foram duas vezes mais propensas a desenvolver diabetes tipo 2. As bebidas doces aumentam o nível de glicemia de jejum e resistência à insulina.


Sou mãe de dois meninos de 4 e 6 anos e, apesar de meu marido já ter diminuído bastante seu vício pela Coca-Cola, hora ou outra ela aparece em casa. Procuramos nunca tomar na frente deles, mas mesmo se isso acontece em lugares públicos, com amigos e parentes, não existe um questionamento incisivo de meus meninos.

O mais velho algumas vezes já questionou do por quê ele não beber e eu, sempre claramente expliquei os motivos. Não em um contexto científico, como os apresentados acima, mas sempre deixei claro que àquilo não faria bem para ele, que não possui nenhuma vitamina e ainda estraga os dentes.


Por duas ou três vezes, em festas ou ambiente escolar já ofereceram refrigerante a ele, na primeira vez ele experimentou Guaraná, eu não estava lá, ele optou sozinho. Ao chegar em casa me contou o ocorrido, eu não o repreendi e perguntei se havia gostado, ele respondeu: – Achei muito doce, prefiro água!

Em outra ocasião, porque seu melhor amigo é super fã de Coca-Cola, mais uma vez arriscou. No retorno a nossa casa, a confiança presente o fez me contar novamente e em um papo bem tranquilo, ele me disse que era mais doce ainda, mas que era “até bom”!

Reservei alguns minutos, procurei algumas imagens na internet de sorrisos danificados pelo consumo desenfreado do refrigerante e expliquei para ele, mais uma vez, os porquês de não ser bacana ingerir esta bebida. Desta vez, meu filho caçula, acompanhou a explicação com imagens. Depois deste dia, seu interesse diminui bastante e meu filho menor, mesmo sendo de paladar muito mais adepto ao doce do que o Cauã, nunca teve vontade de experimentar.

Sei que a hora deles vai chegar, curiosidade, vontade de provar o desconhecido, permearão seus dias por toda a vida, por isso tão importante a conversa, a confiança e uma explicação, para dar embasamento ao NÃO.


Muitas mães da escola deles, levam a questão da proibição do envio de refrigerante nas lancheiras, como um problema. PROBLEMA? Para mim, isso é um alívio, já que durante as festinhas e na cantina o consumo é liberado – ou era. Mamães, por favor, compreendam que comprar, permitir e oferecer um refrigerante à uma criança, significa consentir que ela seja inundada com calorias vazias, açúcares e o pior, de maneira consciente, colocar em risco a saúde de seu próprio filho.

Será que isso tudo já não basta, para pais e mães reverem suas condutas?

Felizmente, à partir de agosto de 2016, conforme aprovação da Comissão de Seguridade Social e Família pelo projeto do deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) que proíbe a venda de refrigerantes nas escolas de educação básica (do primeiro ao nono ano), públicas ou privadas (PL 1755/07), a Coca-Cola Brasil, a Ambev e a PepsiCo Brasil vão ajustar o portfólio de bebidas vendidas diretamente às cantinas de escolas no país.


A principal mudança é que as empresas venderão às escolas para crianças de até 12 anos (ou com maioria de crianças de até essa idade) apenas água mineral, suco com 100% de fruta, água de coco e bebidas lácteas que atendam a critérios nutricionais específicos.

A proposta recebeu parecer favorável da relatora, deputada Zenaide Maia (PR-RN). Ela concordou com os argumentos do autor do projeto, de que o aumento dos índices de obesidade infantil no País está diretamente relacionado ao consumo de alimentos como salgadinhos e refrigerantes vendidos nas escolas.


Mais difícil compreender, quando não se trata de uma escolha do filho, mas sim, dos pais. Certa vez, em um almoço de final de semana com pais e amigos dos meus filhos, ao chegarmos no restaurante a mãe de um deles já pediu ao garçom, antes mesmo do filho solicitar – “Por favor, para o meu filho, Coca-Cola.” Eu, como sempre, pedi água para os meus. Quando os meninos retornaram para a mesa, depois de correr bastante e bem suados, a primeira coisa que o amigo do meu filho viu foi a água e não pensou duas vezes. Tomou sem parar, enquanto meus filhos tomavam as deles na garrafinha. Sua mãe então ressaltou -” Filho, olha sua coca!” e ele concluiu, “-Não mãe, já matei minha sede, depois eu tomo” e voltou a brincar.


Mas daí você me pergunta: Até quando você acha que consegue mantê-lo distante destes alimentos, em especial estas bebidas?

E eu respondo tranquilamente: Até o momento em que a confiança existir entre meus filhos e eu, até o momento em que eles acreditarem que se eu faço uma escolha por eles, é única e exclusivamente para o bem deles, até o dia em que, quando eles puderem e tiverem que fazer estas escolhas por si só, lembrem de minhas palavras e coloquem-se ou não, expostos a este risco.

Não, isso não é um drama, nem é um cavalo de batalha, certamente um copo de refrigerante hora ou outra não é letal, mas acreditem, infelizmente, crianças que tem o aval de tomar um refrigerante quando sentirem vontade, dificilmente dirão não e é a aí, que a exceção vira regra.

No meu ponto de vista, a maior dificuldade hoje em dia, é pai e mãe terem em mãos as condutas e as escolhas diante de seus filhos.


Segundo o odontopediatra Dr. Alexandre Rabboni, “A criança não deveria ter muitas escolhas quando pequena, fazer muitas escolhas na infância significa sofrimento. Quanto mais tempo esta criança estiver amparada nas diretrizes e caminhos traçados por seus pais e cuidadores, mais segurança ela sentirá diante do mundo. E segurança é sinônimo de amor.”

Infelizmente, o retrato da sociedade atual é outro, crianças gritam e comandam suas escolhas desde 2 ou 3 anos. Decidem o que vão comer, o que vão beber, que horas irão dormir… Esta desordem sim, com certeza, será cobrada em seu futuro, pelo seu próprio organismo.


Por aqui seguimos firmes, fortes e leves, com a mais pura e cristalina água mineral, que aqui em casa, é preferência nacional! E na sua casa?

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