Os estudos mostraram uma estreita associação
entre a vitamina D e processos associados com a idade.
[Imagem: Buck Institute/Divulgação]
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Vitamina D e saúde
É amplamente aceito que a vitamina D é benéfica para os ossos e para reduzir o risco de todos os tipos de câncer.
Mas e se ela desempenhar um papel muito maior na saúde do que é atualmente reconhecido pelos médicos e cientistas?
De fato, novos experimentos mostraram que a vitamina D opera através de genes associados com a longevidade e impacta processos associados com muitas doenças relacionadas à idade.
Isto talvez possa explicar porque a deficiência de vitamina D tem sido associada aos cânceres de mama, do cólon e da próstata, bem como com a obesidade, as doenças cardíacas e a depressão.
Longevidade
Trabalhando com vermes C. Elegans, modelos dos estudos com longevidade, a equipe do professor Gordon Lithgow, do Instituto Buck de Pesquisas sobre o Envelhecimento (EUA), constatou que os animais vivem até 33% mais quando recebem uma suplementação de vitamina D, além de apresentarem menos problemas nos dobramentos de centenas de proteínas.
"Nossos resultados estabelecem uma conexão real entre o envelhecimento e a doença e dá aos médicos e outros pesquisadores uma oportunidade de olhar para a vitamina D em um contexto muito amplo," afirmou Lithgow, sem contudo especificar com quais doenças o estudo estabeleceu vínculos.
Vitamina D ao natural
Se estes resultados são extensíveis ao ser humano é algo que ainda deverá ser pesquisado, sobretudo porque tem-se mostrado que suplementos de vitamina D fazem mais mal do que bem - o bom mesmo é deixar que o corpo a sintetize naturalmente sob a luz do Sol.
Contudo, o estudo lança luzes sobre a homeostase das proteínas, a capacidade das proteínas para manter a sua forma e sua função ao longo do tempo - é uma questão de equilíbrio, que começa a dar errado com o envelhecimento.
"A vitamina D3 reduziu a formação - dependente da idade - de proteínas insolúveis através de uma ampla gama de funções e compartimentos celulares, apoiando a nossa hipótese de que a diminuição da insolubilidade das proteínas pode prolongar a vida.
"Dado que se acredita que os processos de envelhecimento são semelhantes entre o verme e os mamíferos, incluindo os seres humanos, faz sentido que a ação da vitamina D também seja consistente entre as espécies," interpreta a cientista Karla Mark, responsável pelos experimentos.
Os resultados foram publicados na revista Cell Reports.
Fonte: Diário da Saúde.
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