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DIETA ANTI-INFLAMATÓRIA.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
O mundo está diante de um grave problema de saúde pública: um número cada vez mais crescente de pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer. Juntas constituem as principais causas de morbimortalidade, especialmente nos países ocidentais!

Após muitos anos de estudos, descobriu-se que o processo inflamatório crônico de baixo grau é um fator comum a essas doenças e que os hábitos alimentares são provavelmente um dos principais determinantes dessa resposta inflamatória.

Mas, como a dieta pode influenciar essa resposta inflamatória?
O processo inflamatório é iniciado pela síntese e secreção de citocinas pró-inflamatórias (aquelas que aumentam a inflamação) em resposta a um insulto inflamatório, por exemplo: nicotina do tabaco, álcool em excesso, componentes dietéticos etc. Essas citocinas em longo prazo são capazes de gerar efeitos danosos aos vasos sanguíneos do coração, como estresse oxidativo exacerbado e, por conseguinte, disfunção do endotélio vascular. Entre as citocinas pró-inflamatórias, a proteína C reativa (PCR) é considerada o principal biomarcador dessa cascata inflamatória e está intimamente associada às doenças cardiovasculares. 
 
"Um padrão alimentar que aumente os níveis de citocinas pró-inflamatórias, como a PCR, é conhecido como uma dieta pró-inflamatória". 

Muitas pesquisas vêm demonstrando que a PCR é uma das principais citocinas pró-inflamatórias que é fortemente influenciada pela dieta. Um padrão alimentar que aumente os níveis de citocinas pró-inflamatórias, como a PCR, é conhecido como uma dieta pró-inflamatória. A dieta ocidental, caracterizada por um alto consumo de carnes vermelhas, cereais refinados, leite e derivados integrais, fast food e açúcares, é considerada uma dieta pró-inflamatória, aumentando as chances do desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.

E o que seria uma dieta anti-inflamatória?
Muitos são os alimentos que têm sido demonstrados com ação anti-inflamatória, ou seja, que diminui a resposta inflamatória. Entre eles destacam-se: cereais integrais, grãos, frutas e hortaliças (verduras e legumes), frutos secos/oleaginosas, aves e peixes, lácteos desnatados, óleos vegetais. Além disso, o consumo moderado de álcool também está associado a menores níveis de inflamação, especialmente o vinho. O padrão alimentar mediterrâneo (alto consumo de azeite de oliva, frutas, hortaliças, leguminosas, frutos secos e cereais integrais e de moderado a alto consumo de peixe) é um exemplo de dieta anti-inflamatória.
 
Assim, os componentes alimentares bioativos têm a capacidade de influenciar em locais específicos no organismo (polimorfismo genético) todo o processo, modulando mediadores pro- e/ou anti-inflamatórios. Nesse contexto, os padrões alimentares têm um papel determinante no risco para doenças crônicas e a inflamação crônica de baixo grau está associada a uma maior ocorrência de eventos cardiovasculares. Dessa forma, é extremamente importante propor a adoção de hábitos alimentares saudáveis, favorecendo redução na morbimortalidade e trazendo melhor qualidade de vida para as pessoas.
 
Fonte: I Saúde, Dieta anti-inflamatória? Veja como a alimentação pode se tornar uma grande aliada nos processos anti-inflamatórios. Acesso em 24/02/2014.

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