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UM FATO: HÁ FALTA DE ESTUDOS SOBRE O IMPACTO DE AGROTÓXICOS À SAÚDE.

sábado, 28 de abril de 2012
Segundo dados do Ministério da Agricultura, o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, à frente dos Estados Unidos, com cerca de 1 bilhão de litros por ano. Ainda assim, de acordo com o chefe do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB), professor Fernando Ferreira Carneiro, faltam estudos que mostrem os impactos dessas substâncias na saúde do consumidor.
"Temos grandes desafios para revelar os impactos da exposição crônica, de longa duração e a baixas doses, que é o caso do consumidor urbano, que come todo dia um pouquinho de produtos contaminados" , alertou.

Ele é um dos responsáveis por um dossiê que reúne pesquisas de vários especialistas brasileiros sobre os riscos do uso de agrotóxicos no país. O documento foi lançado durante o congresso Mundial de Nutrição, no Rio de Janeiro, nesta semana. Além disso, o levantamento será apresentado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio 20), marcado para junho, também no Rio.

A pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco Lia Giraldo lembrou que, apesar das lacunas na pesquisa científica nacional sobre o assunto, a literatura mundial comprova os efeitos tóxicos relacionados à exposição crônica a essas substâncias, por meio da ingestão de alimentos contaminados.

Um relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), divulgado no fim do ano passado, constatou que em 2010, 24,3% das 2.488 amostras de alimentos analisadas estavam contaminadas com agrotóxicos não autorizados e em 1,7% delas o nível de agrotóxico estava acima do permitido. O pimentão lidera a lista dos alimentos com grande número de amostras contaminadas por agrotóxico, seguido por morango e pepino.

Fonte:
I Saúde, Pesquisador alerta para falta de estudos sobre impacto de agrotóxicos na saúde. Dossiê de vários especialistas sobre os impactos de agrotóxicos no país será apresentado durante a conferência Rio 20. Acesso em 28/04/2012.

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