Sabe-se que o consumo regular de probióticos, prebióticos e simbióticos pode assegurar o equilíbrio do conjunto de microrganismos que compõe o microbioma intestinal e até mesmo reduzir riscos de doenças cardiovasculares, osteoporose e câncer, entre outras enfermidades. Eles se enquadram na definição de alimentos funcionais.
Talvez por isso mesmo, a oferta de produtos com efeitos ditos probióticos aumenta a cada dia nas prateleiras dos supermercados. Entretanto, nem todos eles têm os efeitos apregoados. Segundo a professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, Susana Saad, também pesquisadora do Centro de Pesquisa em Alimentos (Food Research Center - FoRC), o uso do termo ‘probiótico’ requer cepas bem definidas, com efeitos comprovados à saúde do indivíduo. Infelizmente, segundo ela, muitas indústrias e até mesmo governos de alguns países não respeitam essas premissas.
No livro Probióticos e Prebióticos em Alimentos: Fundamentos e Aplicações Tecnológicas, organizado por Susana Saad com os colegas Adriano Cruz e José de Assis Fonseca Faria, os autores listaram as cepas (variedades) com efeito probiótico comprovado nos últimos anos. Entre elas destacam-se:
Lactobacillus casei Shirota
Lactobacillus casei DN114-001
Lactobacillus johnsonii La1
Lactobacillus acidophilus La-5
Lactobacillus rhamnosus GG
Bifidobacterium animalis DN-173010
Bifidobacterium animalis Bb-12
“Se o rótulo do produto contiver essas cepas, então provavelmente você estará consumindo um produto com efeito probiótico realmente comprovado, a não ser que variáveis como data de validade vencida ou estocagem incorreta incidam sobre o produto que você comprou, modificando suas propriedades”, afirma a pesquisadora. Entretanto, para se ter certeza do efeito probiótico de um alimento contendo uma determinada cepa probiótica, é necessário que esse efeito tenha sido confirmado em ensaios clínicos do tipo duplo-cego controlado por placebo.
Suzana ressalva, ainda, que os efeitos das propriedades funcionais dos probióticos ainda estão sendo estudados. “A eficácia desses alimentos sobre o estado de saúde e nutrição de uma pessoa também depende da composição e da atividade metabólica de sua microbiota intestinal”, pondera.
Fonte: Alimentos sem mitos.
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