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CÁLCIO E A SAÚDE DA MULHER.

segunda-feira, 18 de julho de 2016
O cálcio é um mineral essencial para a vida e muito importante para nós por ser o responsável pela formação dos ossos e dentes e participar de várias reações no corpo, ligadas à transmissão nervosa e regulação de batimentos cardíacos, contração muscular e coagulação sanguínea, desempenhando um papel fundamental na regulação do metabolismo.

Está presente no leite e seus derivados, nos peixes como a sardinha, atum e o salmão (principalmente quando consumidos com as espinhas), mariscos, tofu (queijo de soja), leguminosas (lentilha, ervilha, soja, etc.), semente de gergelim, nozes e vegetais verde escuros como a couve, brócolis, espinafre, quiabo, agrião, repolho, folhas de nabo e mostarda. No entanto, para que o cálcio penetre no sistema circulatório, precisa da ajuda da vitamina D.

Além de contribuir para a manutenção da estrutura óssea, o cálcio pode modular a tendência a ganho de peso presente em mulheres pós-menopausa, regular níveis de estrogênio no organismo feminino diretamente ligadas a variações hormonais (TPM.), importante para o bom funcionamento do organismo da gestante e papel de peso na produção de leite materno.

Dos 30 até os 45 anos, a mulher perde em torno de 1% a 3% de osso ao ano. Por volta dos 45, 50 anos, essa perda aumenta para em torno de 5% a 7%. Tem-se observado um deficiente consumo deste mineral pelas mulheres, o que tem ocasionado algumas preocupações dentre profissionais da área da saúde. Pesquisas constatam que o consumo diário é quase três vezes menor do que o recomendado.

Cálcio e osteoporose 
A osteoporose é a diminuição da massa óssea, na qual, a rigidez do osso não pode ser mantida deixando os ossos porosos e sujeito a fraturas com esforços mínimos, sendo que as mulheres são as principais vítimas desse problema, especialmente, mulheres pós-menopausa e idosas. Na menopausa os ovários deixam de produzir estrógeno, o hormônio feminino importante para a produção de cálcio, assim, todas as mulheres tem perda de massa óssea em decorrência da queda dos níveis de estrógeno. Mulheres que deixaram de menstruar por um longo tempo, por razões diferentes de gravidez, podem ter os ossos debilitados, devido a deficiência de estrógeno durante aquele período.

Há mulheres que estão mais sujeitas a desenvolver osteoporose, por exemplo, as que já tem casos na família, as que fumam, magras em excesso, que ingerem muito álcool e pouco cálcio. A perda óssea ainda pode ser acelerada pela ingestão de anticonvulsivantes, anticoagulantes e esteróides. Baixo peso também é considerado um fator de risco para a osteoporose. Isso acontece porque mulheres com excesso de peso conseguem absorver melhor o cálcio no intestino. Além disso, por carregarem mais peso sobre o esqueleto e terem maior massa muscular.

Cálcio e obesidade 
A baixa ingestão de cálcio interfere no nível deste mineral no interior dos adipócitos, favorecendo as vias metabólicas envolvidas no acúmulo de ácidos graxos destas células. Uma dieta rica em cálcio aumenta a lipólise e inibe a lipogenese, o que, em termos práticos, se traduz por uma perda de peso; em contrapartida, a falta de cálcio no organismo promove a adiposidade e aumenta as probabilidades de se ser obeso. O excesso de peso mostra-se cada vez menos presente à medida que a ingestão de cálcio está mais próxima dos patamares recomendados. As proteínas do leite constituem um conjunto de substâncias bioativas que podem atuar em conjunto com o mineral no metabolismo das gorduras.

Cálcio na TPM e câncer 
Uma dieta rica em cálcio e vitamina D pode contribuir para diminuição da Tensão Pré-Menstrual. Estudos revelam que mulheres que não relatavam agressividade e irritação antes de ficarem menstruadas adotavam um cardápio diário rico em cálcio e vitamina D, e ainda, incluir grande quantidade de laticínios ricos em cálcio na dieta pode diminuir o risco de câncer de ovário. A ingestão mais elevada de cálcio e de lactose - principal forma de açúcar contido nos laticínios - também pareceu reduzir o risco de tumor de ovário. A lactose pode aumentar a absorção de cálcio e promover o crescimento de bactérias que mantêm o controle de compostos que provocam o câncer. Supõe-se que uma ingestão aumentada de cálcio poderia prevenir as alterações no humor antes e após o período menstrual. Assim, um copo de leite magro extra ou uma xícara de couve por dia parecem ajudar na cura ou prevenção destas alterações de humor.

Cálcio e gravidez
Na gravidez, a suplementação de cálcio representa benefício para as mulheres, principalmente aquelas com alto risco de pressão alta e pré- eclampsia e nas comunidades com baixa ingestão de Cálcio. Para o bebê, esta carência pode prejudicar seu desenvolvimento ósseo, dentário e muscular.

Como e quanto consumir
Esses valores variam conforme a faixa etária, estágio de crescimento, gravidez e menopausa. Não basta ingerir o nutriente, é preciso garantir sua absorção pelo organismo com alimentos coadjuvantes. Excesso de sal, cafeína e proteínas aumentam a eliminação de cálcio na urina. Vegetais verde-escuros, folhosos, incluindo o brócolis, a couve, a mostarda e o espinafre, são boas fontes de cálcio, mas o seu teor não é totalmente absorvido (cerca de 5%). As fibras também podem diminuir a absorção e a retenção de cálcio. Existem alguns nutrientes que competem com o cálcio, como o fósforo que é um mineral utilizado pelos ossos para torná-los duros, devendo ser consumidos em igual quantidade, pois se houver uma absorção maior de fósforo, menor será a de cálcio. O ideal é moderar o consumo destes itens, mas se a pessoa não consegue, ela deve, também, consumir mais cálcio, diariamente. De acordo com as referências internacionais, a ingestão de cálcio para mulheres varia de 1000mg a 1300 mg por dia, o que representaria em media 3 a 4 porções de leite e seus derivados.

Fonte: Sbne.

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