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FATORES QUE INFLUENCIAM A PERCEPÇÃO DOS SABORES E MUDANÇAS NO PALADAR.

quarta-feira, 21 de maio de 2014 0 comentários

Já na Grécia Antiga começou a se supor uma relação entre a percepção de sabor e controle cerebral, mas foi Aristóteles quem definiu os sabores, como doce, amargo, ácido e salgado e, posteriormente, no século II d.C, o médico Galeno identificou os nervos que enervam a língua.
 
Hoje aceitamos que existem 5 tipo básicos, sendo que os receptores básicos de sabor se localiza, nas papilas linguais que são órgãos sensoriais na cavidade oral.
 
Recentemente, pesquisas também demonstraram que existem receptores no trato gastrointestinal para os sabores doce, umami e amargo.
  • Doce: receptor estimulado por alimentos como carboidratos, açúcar, adoçantes
  • Salgado: estimulado por sal
  • Azedo/ Ácido: estimulado por frutas cítricas, vinagre, soluções carbonatadas
  • Amargo: cafeína, rúcula, jiló
  • Umami: sabor que foi descrito no Japão, em 1908 e significa saboroso, delicioso, em japonês. Estes receptores são estimulados por leite materno, queijos, algas, cogumelo secos e ostras.
 
As papilas gustativas recebem o alimento que ingerimos e os nervos da língua transmitem o sinal do sabor para o cérebro. O tronco cerebral tem como função: mastigar, salivar e lamber. No tálamo, ocorre o processamento e se registra a memória do sabor, enquanto no córtex gustatório e frontal acontece a decisão do que vamos ingerir e a sensação de conforto gerada pelo o que comemos.
 
Todos os sistemas sensoriais são importantes para definição do nosso paladar, incluindo: visão (cor e aparência do alimento), audição (ouvimos o som produzido na mastigação), olfato (sensibilidade aos aromas desprendidos pela comida), o tato (diferentes texturas) e a propriocepção.
 
Estudos recentes têm demonstrado que ocorre uma perda da sensibilidade ao sabor e uma piora na discriminação do paladar em pessoas com obesidade, o que é contrário ao que se imaginava. As pessoas comem mais porque tem maior dificuldade de sentir o sabor da comida como satisfatório. O cérebro dos obesos parece demorar mais para codificar a informação dos alimentos.
 
Esta perda de capacidade em sentir sabor pode ter inúmeras causas, entre elas, a possibilidade de que uma dieta muito rica em gordura (principalmente na infância) incapacite os receptores de sabor.
 
Outro ponto interessante é observar como pacientes que emagrecem após cirurgias bariátricas mudam a preferência alimentar escolhendo alimentos menos calóricos em detrimento, por exemplo, de refrigerantes e sorvetes. Isto se deve provavelmente pela alteração dos receptores de sabor localizado no estômago e intestino, o que gera melhora na percepção do sabor e mudanças no paladar.
 
Outra pesquisa publicada no Archives of Diseases in Childhood demostrou que crianças com obesidade tinham menos capacidade de discriminar os sabores quando comparadas com as de peso normal, principalmente em relação ao amargo, salgado e umami.
 
A sensibilidade aos sabores parece modular a quantidade de comida que é necessária para gerar saciedade. Deste modo, não sabemos se a criança vai ficando com obesidade pela diminuída capacidade em perceber os sabores ou se a anterior ingestão de alimentos predominantemente ricos em gordura até os 6 anos de idade é a grande culpada.
 
Fonte: Minha Vida, acesso em 21/05/2014.

COMO ESPIRITUALIDADE E RELIGIÃO INFLUENCIAM A SAÚDE.

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A religião e a espiritualidade têm influências distintas, mas complementares, sobre a saúde das pessoas.

O problema é que dificilmente os pesquisadores dessa questão se entendem sobre o que é religião e o que é espiritualidade, e quais os efeitos que os diversos caminhos espirituais proporcionam em termos de saúde física.

A Dra. Carolyn Aldwin, da Universidade Estadual de Oregon (EUA), está tentando colocar os pingos nos is, propondo uma teoria para dirigir os trabalhos na área.

"A religião ajuda a regular o comportamento e os hábitos de saúde, enquanto a espiritualidade regula suas emoções, como você se sente," propõe ela.

Essa proposta representa um novo modelo teórico que define dois percursos distintos que as pessoas tomam em busca do bem-estar.

Efeitos da religião e efeitos da espiritualidade
A religiosidade, incluindo a afiliação religiosa formal a uma instituição e a participação nas cerimônias religiosas, está associada a melhores hábitos de saúde, tais como taxas de tabagismo mais baixas e redução do consumo de álcool.

Já a espiritualidade, incluindo a
meditação e a oração pessoal, ajuda a regular as emoções, o que melhora efeitos fisiológicos como a pressão arterial e protege contra a depressão.

Aldwin e seus colegas estão trabalhando para tentar compreender e distinguir essas conexões benéficas entre saúde, religião e espiritualidade.

O objetivo é tentar descobrir, por exemplo, qual é o
"ingrediente secreto" das religiões que torna as pessoas felizes, algo já demonstrado por outras equipes.

"Ninguém havia revisado ainda todos os diferentes modelos de como a religião afeta a saúde," disse Aldwin. "Nós estamos tentando impor uma estrutura em um campo muito confuso."

Segundo ela, mais pesquisas são necessárias para testar esta nova teoria e examinar os contrastes e os resultados efetivos de cada uma das duas vias sobre a saúde de um número maior de pessoas.

Uma teoria bem aceita sobre o tema poderá ajudar os pesquisadores a desenvolver medidas melhores para analisar as conexões entre religião, espiritualidade e saúde e, em seguida, explorar possíveis intervenções clínicas.
 
Fonte: Diário da Saúde, Como espiritualidade e religião influenciam a saúde. Acesso em 21/05/2014.

GRÃOS POUCO CONHECIDOS GANHAM NOTORIEDADE.

terça-feira, 20 de maio de 2014 0 comentários
Hoje, já é consenso que a alimentação não serve apenas para matar a fome e que a comida saudável reflete no bom funcionamento do organismo e pode até mesmo prevenir doenças. Neste contex­to, os cereais, as leguminosas e as semen­tes passaram a fazer parte da dieta diária de muitos brasileiros, que também redesco­briram os chamados ‘supergrãos’, denominação que inclui quinoa, amaranto, edamame, tri­go verde (freekeh), arroz preto e soja pre­ta. Embora não exista uma definição na literatura para a palavra supergrãos, essa designação é utilizada com objetivo de destacar ações bioquímicas benéficas de com­postos bioativos presentes nesses grãos milenares, e também para diferenciá-los nominalmente dos convencionais, como arroz, feijões, aveia, soja e milho.

Os grãos são mundialmente recomen­dados como parte substancial de uma dieta equilibrada por serem ricos em carboidratos complexos, principal fonte­ de energia para o organismo, e em vita­minas, minerais, fibra alimentar e outros compostos bioativos, a exemplo dos anti­oxidantes. A nutricionista Cristiane de Oli­veira­ Lopes, doutoranda em Ciência dos Alimentos pela Universidade Fede­ral­ de Lavras (UFLA), acredita que a re­percus­são dos resultados de alguns estudos demonstrando que a substituição da proteína animal pela vegetal traz diversos benefícios­ à saúde – entre os quais a redução do risco de doenças cardiovasculares, hipertensão, obesidade, arteriosclerose, hipercolesterolemia e alguns tipos de câncer – está impulsionando a população a aumentar o consumo de grãos como alternativa proteica em substituição às carnes, principalmente a vermelha (boi e porco). “Tudo isso se deve à substituição de alimentos fontes de gordura saturada por outras fontes de gorduras insaturadas e poli-insaturadas”, reforça.

A busca por alimentos mais nutritivos instiga pesquisadores a se aprofundarem nos estudos sobre a composição química dos alimentos e, assim, redescobrirem itens milenares com elevada concen­tra­ção de compostos bioati­vos. As inovações tecnológi­cas na área de Ciência dos Alimentos também propiciam detectar com maior especificidade e preci­são compostos químicos nunca analisados. “A inclusão diária de grãos integrais na alimentação fornece maior aporte de nutrientes indispensáveis à saúde. Além disso, em geral são considerados alimentos funcionais, porque, além de serem fontes de nutrientes, ajudam a reduzir a prevalência de doenças cardiometabólicas e intestinais”, reforça a médica nutróloga Marcella Garcez, representante da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).


Essencial na alimentação
Os cereais, juntamente com tubérculos e raízes, são as principais fontes de carboi­dratos na alimentação do brasilei­ro. A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que a participação dos carboidratos no Valor Energético Total (VET) de uma dieta normocalórica deve ser de 55% a 75%. Portanto, no planejamento de uma dieta normoglicídica de 2 mil calorias, os carboidratos disponíveis pelos grupos dos cereais, tubérculos e raízes deverão contribuir diariamente com 225g a 335g, o que implica em um consumo de aproximadamente 321g a 478g de grãos. Em medidas caseiras, esse valor corresponde a 14 colheres e meia (sopa) de arroz integral, por exemplo, ou de um supergrão de cereal qualquer. “O ideal é diversificar os alimentos da dieta entre aqueles que estão no mesmo grupo”, orienta a nutricionista Cristiane Lopes.

As leguminosas são as principais fon­tes de proteínas de origem vegetal. A OMS indica que a participação das proteínas no VET de uma dieta normoproteica deve ser de 10% a 15% e, para atingir essa recomendação, é necessário ingerir de 50g a 70g de proteína diariamente. Considerando que a fonte de proteína seja somente de origem vegetal – no caso de vegetarianos –, mais especificamente grãos de leguminosas, seria necessário ingerir perto de 330g a 460g, ou aproximadamente 14 colheres de sopa de grãos cozidos. Caso a fonte de proteína da dieta não seja unicamente leguminosas, recomenda-se o consumo diário de pelo menos uma porção de alimentos deste grupo, o que equivale a uma colher e meia de soja cozida (36g) ou duas colheres de sopa de grãos de feijão cozido (50g), por exemplo.

Quais são os supergrãos
O amaranto e a quinoa foram consumi­dos por milênios pelos Incas e Astecas até o período da colonização espanhola na América Latina. A cultura foi banida pelos conquistadores pelo fato de o amaranto ser consumido em rituais religiosos, e só ressurgiu nos anos 1960, por suas propriedades agronômicas e nutritivas. “O amaranto, principalmente sua proteína, ajuda a redu­zir o colesterol plasmático de maneira rápida e consistente. Tanto o amaranto como a quinoa apresentam propriedades antioxidantes, interessantes no controle de alguns processos metabó­licos que levam ao aumento do risco cardiovascu­lar. O perfil nutricional destes grãos é superior ao do trigo, milho, arroz e outros cereais muito consumidos, e a introdução de qualquer um dos supergrãos pode deixar a dieta mais rica e saudável”, avalia o professor titular do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP), José Alfredo Gomes Arêas.

O arroz preto, produzido há mais de 4 mil anos na China, apresenta 20% mais proteína e 30% mais fibra que o integral, além de menor teor de gordura e calorias. Segundo a nutricionista Cristiane de Oliveira Lopes, testes realizados nos laboratórios da Food and Drug Administra­tion (FDA), órgão norte-americano de controle de alimentos e medicamentos, constataram que o arroz preto contém concentração de compostos­ fenólicos 10 vezes maior que o branco. Com isso, é rico em antioxidantes, substâncias essenciais para o sistema imunológico que protegem as células dos ra­dicais livres. “A antocianina encontra-se dentre os principais antioxidantes, e este é um pigmento escuro que confere a cor ao grão”, informa.

O freekeh, ou trigo verde, originário da Síria e cultivado há mais de 10 mil anos no Oriente Médio, é rico em nutrientes e bastante utilizado na culinária árabe. O conteúdo proteico do freekeh é, em média, de 12%, bem superior ao arroz integral, com cerca de 7,7%. O freekeh também apresenta elevado teor de fibra alimentar. “Além disso, possui amido resistente, que passa pelo trato gastrointestinal de indiví­duos saudáveis sem ser digerido pelas enzimas e, ao chegar no intestino grosso, serve de substrato para fermentação de bifidobactérias intestinais, sendo por isso considerado prebiótico. Dentre os produ­tos gerados na fermentação estão os ácidos orgânicos, que acidificam o pH do intestino favorecendo a vasodilatação e o aumento da absorção de água e minerais, melhorando a sintomatologia de indivíduos com diarreias”, enfatiza a nutricionista.

O edamame, produzido principalmen­te no Japão e consumido na Ásia há séculos, é a vagem da soja, com aproximadamente 80% de amadurecimento. O grão possui vitamina C, ausente na soja madura, mas o principal diferencial é que contém baixos níveis de inibidor de tripsina, um antinutriente presente na soja que reduz a biodisponibilidade da sua proteína. Quanto menor o teor de inibidor de tripsina no alimento, maior vai ser a absorção da proteína no organismo. Já a soja preta apresenta a mesma distribuição de macronutrientes que o grão amarelo, porém, com o dobro de atividade antioxidante, mesmo após o cozimento. A atividade antioxidante ocorre devido à maior concentração de compostos fenólicos, flavonoides e à presença de antocianinas, só encontradas na soja preta”, completa Cristiane de Oliveira Lopes.
 
Fonte: Yakult,  Com alto valor nutricional, grãos pouco conhecidos ganham notoriedade. Acesso em 20/05/2014.

FALTA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS É UM FATOR DE RISCO PARA DOENÇAS CARDÍACAS EM MULHERES.

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A falta de exercício é o maior fator de risco para o aparecimento de doenças cardíacas em mulheres acima de 30 anos.
 
A conclusão é resultado de uma pesquisa feita com mais de 30 mil mulheres, de todas as idades, por cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália.
O tabagismo teve o maior impacto sobre o risco de doenças cardíacas nas mulheres abaixo de 30 anos.
 
No entanto, à medida que elas ficavam mais velhas e abandonavam o cigarro, a falta de atividade física passou a ter influência dominante sobre o aparecimento de problemas ligados ao coração.
Segundo os cientistas, as autoridades de saúde devem continuar encorajando as pessoas a deixarem de fumar, porém deveriam também se concentrar em promover a prática da atividade física.
 
"Precisamos de um maior empenho das autoridades no sentido de manter as mulheres de meia-idade ativas para que elas possam chegar à velhice mais saudáveis e praticando exercícios físicos," disse Wendy Brown.
Ela sugere às mulheres fazer exercícios diários de pelo menos 30 minutos para reduzir os riscos de problemas cardíacos.
"Garanto que qualquer mulher que faça pelo menos 30 minutos de exercício físico por dia vai sentir grandes melhorias em sua saúde", diz Brown. "Só a prática de atividade física reduz em 50% o risco de doenças cardíacas."
 
Brasil
Dados recentes do Ministério da Saúde apontam um aumento no número de brasileiros que incorporam os exercícios físicos à rotina.
Entre 2009 e 2013, segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), cresceu de 30,3% para 33,8% a proporção de pessoas que realizam atividade física no período de lazer.
 
Os homens são os mais ativos: 41,2% praticam exercícios no tempo livre, enquanto, em 2009, o índice era de 39,7%.
 
Entretanto, o aumento da prática de exercícios entre as mulheres foi maior, passando de 22,2% para 27,4% no mesmo período.
Ainda assim, mais da metade da população - 50,8% - está acima do peso ideal - destes, 17,5% são considerados obesos.
A pesquisa Vigitel ouviu cerca de 23 mil brasileiros maiores de 18 anos que vivem nas 26 capitais do país e no Distrito Federal.

Fonte: Diário da Saúde, Falta de exercício é principal fator de risco para mulheres. Acesso em 20/05/2014.

EVITE O JEJUM PROLONGADO E PREVINA A HIPOGLICEMIA.

segunda-feira, 19 de maio de 2014 0 comentários
De um momento para outro começam a surgir sintomas como tontura, suor frio, sensação de desmaio, náuseas. Uma sensação terrível de mal estar, muitas vezes confundidos com a queda da pressão arterial, mas que na realidade é uma crise de hipoglicemia.
 
Esses sintomas costumam surgir depois de longas horas em jejum, em alguns casos logo após a ingestão de doces ou carboidratos de alto índice e carga glicêmica, uso de alguns medicamentos específicos, atividade física intensa, em indivíduos que se submeteram a cirurgia bariátrica ou que estão em fase de desenvolvimento de resistência à insulina.
A crise de hipoglicemia se dá quando o nível de insulina circulante no sangue aumenta de maneira abrupta. Outra possibilidade é quando ocorre a diminuição de outros hormônios que fazem a contra regulação ou também com a queda gradativa dos níveis de glicose no sangue após muitas horas sem se alimentar.

Tipos e causas da hipoglicemia
Existem dois tipos principais de hipoglicemia, a hipoglicemia de jejum, que surge após muitas horas sem se alimentar, e a aquela pós-prandial ou "reativa", que ocorre depois de minutos até 3 horas após a ingestão de alimentos ricos em açúcar.

Os sintomas podem ser acionados por diversos fatores, como produção exagerada da insulina com queda dos níveis de glicose ou secundária ao uso de medicação que diminui a taxa de açúcar no sangue. Por exemplo: insulina e hipoglicemiantes em cápsulas, ambos
usados no tratamento do diabetes. É preciso entender em qual tipo de hipoglicemia o paciente se encaixa. Essa detecção é feita após criteriosa avaliação médica (clínica e exames laboratoriais).
 
Tratamento
Para prevenir novas crises de hipoglicemia a investigação da causa é fundamental na hora da escolha da melhor estratégia. Algumas das possibilidades são: um novo esquema nos horários da alimentação, melhor escolha do tipo de carboidrato que irá comer ou uma mudança na medicação que se toma. Essas opções deverão ser discutidas com seu médico.
 
Principais cuidados na alimentação
Quando a hipoglicemia é desencadeada por muitas horas sem se alimentar, a hipoglicemia em jejum, você deverá ingerir, mesmo com sensação de náuseas, alimentos que aumentem sua glicose, como um copo de suco ou um pedaço de chocolate ou mesmo um copo de água com açúcar. Para quem tem tendência à hipoglicemia em jejum o correto é não deixar de se alimentar de 3 em 3 horas. 
 
Quando se sentir melhor, consuma alimentos de absorção lenta (baixo índice glicêmico) como um lanche de pão integral, uma fruta ou mesmo fazer uma refeição completa adequada.
 
No caso da hipoglicemia "reativa", que só acontece por uma liberação excessiva de insulina desencadeada pelo próprio alimento com alta carga glicêmica, como açúcares e doces, farinha branca refinada como pão branco, massas, bolos, entre outros, o tratamento envolve apenas retirar do cardápio estes alimentos. Troque-os por carboidratos de baixa carga glicêmica e ricos em fibras, que diminuem a velocidade de liberação da insulina, como legumes e verduras, cereais integrais, leguminosas (feijões, ervilha, soja, lentilha). 
 
Na hipoglicemia "reativa" é contra indicado dar sucos, açúcares e doces no momento da hipoglicemia, pois uma nova crise virá em seguida com a elevação súbita e excessiva dos níveis de insulina, tornando um círculo vicioso.

Cuidados gerais:

  • Evitar jejuns prolongados
  • Fracionar as refeições, comer com qualidade a cada 3 horas
  • Alimentar-se adequadamente antes de fazer atividade físicas
  • Utilizar a medicação de acordo com a prescrição do seu médico-Evitar alimentos açucarados ou refinados nos casos de hipoglicemia reativa.
Fonte: Minha Vida, Evitar jejuns prolongados previne a hipoglicemia. Doença se divide em dois tipos, saiba como tratar e evitar cada um deles. Acesso em 19/05/2014.

ENDENTA OS MECANISMOS E RISCOS DOS PRINCIPAIS SUPLEMENTOS.

terça-feira, 13 de maio de 2014 0 comentários
Em 2010, o administrador William Oliveira, de 22 anos, decidiu se matricular em uma academia de ginástica. O objetivo era o mesmo que motiva muitos homens: ganhar massa muscular. Afinal, para muitos deles o corpo musculoso é a maneira mais fácil de fisgar olhares femininos.

Mas para o resultado aparecer é necessário disciplina, treino e muita paciência, um conjunto de fatores separado da maioria dos seres humanos por grandes quantidades de ansiedade e imediatismo. Às vezes, e não muito raramente, mesmo seguindo um treinamento com rigor, os efeitos acabam ficando distantes do esperado, principalmente para os tipos físicos fadados pela genética a uma constituição mais enxuta. É nessa hora que uma ajuda extra pode ser bem-vinda.

Por meio de conversas com amigos e instrutores da academia, William descobriu a saída para transformar seu corpo esguio de 49 quilos e 1,72 metros de altura e alcançar logo seu objetivo: suplementos alimentares. “Queria melhorar meu desempenho e ganhar musculatura mais rígida. Adotei a recomendação dos meus amigos e passei a tomar massa hipercalórica e creatina”, explicou. Mesmo sem indicação nutricional, ele obteve resultados e, dois anos depois, conseguiu chegar aos 65 quilos com 4,5% de gordura, ou seja: os 16 quilos ganhos foram de musculatura, e não de gordura.

É assim que a maioria dos alunos de academia entra no universo da suplementação, por indicação de quem já usou e garante os resultados. Mas a nutricionista Vivian Ragasso, do Centro Olímpico e do Instituto Cohen de Medicina do Esporte, ressalta que o resultado alheio não é comprovação de eficácia. “Em geral, o instrutor não estudou nutrição, então não é da competência dele prescrever suplementação. É preciso saber como é a rotina alimentar do aluno, se há deficiência de nutrientes, se a quantidade e intensidade de exercícios pedem suplementação ou se suas necessidades já são supridas pelas refeições. Fora isso, ainda é necessário fazer uma avaliação clínica do aluno, para saber se há deficiência hormonal, problemas cardíacos, renais ou hepáticos”, reforça Ragasso.

Já a presidente da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva, Heloisa Guarita, adverte que o grande problema da autosuplementação é que nem sempre o usuário conhece seu funcionamento e, principalmente, seus componentes. A fotógrafa Mylena Perdomo quase caiu nessa. Em busca de emagrecimento rápido, seguiu a indicação de uma amiga e optou por tomar um termogênico, que altera a temperatura do corpo visando intensificar a queima de gordura. Ao checar o rótulo do suplemento, entretanto, viu que entre os componentes estava um medicamento que ela já tomava para regular a tireoide. “Liguei para um parente que é médico e ele me orientou para que eu não tomasse o remédio, pois poderia desregular a produção natural do hormônio, que já é deficiente no meu corpo. Ao mesmo tempo, o suplemento não podia substituir o meu remédio, que possui outros componentes para o controle da tireoide”, conta.

“É comum suplementos da classe dos termogênicos conterem hormônios para controlar a tireoide, uma vez que alterações nessa glândula provocam, em última instância, mudanças no peso. Mas seu uso inadequado pode futuramente descontrolar a produção natural e trazer problemas que antes eram inexistentes”, explica Guarita. O termogênico em questão era o Lipo Black 6, que recentemente foi incluído na lista de produtos proibidos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), junto com o também termogênico OxyElite e o pré-treino Jack 3D.

Pré-treino, aliás, foi um dos suplementos experimentados por William. Esse tipo de produto funciona como um vasodilatador que facilita a passagem de oxigênio e nutrientes pelos vasos sanguíneos, fazendo com que eles alcancem rapidamente as células musculares, aumentando a oferta de energia. A ideia é que, assim, o aluno aguente cargas maiores por mais tempo. Apesar de ter percebido esse efeito, o administrador confessa que sentiu também reações adversas. “Senti formigamento e insônia, mas agora meu organismo já acostumou e não sinto mais nada, só ficou o efeito estimulante do produto”, relata.

A nutricionista Vivian Ragasso explica que William “não sentir mais nada” se deve ao fato de que o organismo acabou se viciando, uma consequência comum do uso do produto, e os sintomas acabaram “maquiados”, dando a impressão de que desapareceram.

Psicoestimulantes e hormônios

Bruno Gualano, coordenador adjunto do Laboratório de Nutrição e Metabolismo da Escola de Educação Física da USP, explica que alguns pré-treinos e termogênicos afetam os campos neurológico e hormonal. “Ambos têm aditivos psicoestimulantes, que prometem oferecer disposição ao usuário e melhorar o rendimento dos exercícios atuando diretamente no sistema nervoso central. Há ainda os que são capazes de induzir a liberação de hormônios que ajudam a fortalecer os músculos, como a testosterona, a insulina e o GH. Por atuarem em áreas de controle do organismo, apresentam resultados mais rápidos”, comenta Gualano.

Mas é justamente nesse mecanismo que reside o perigo maior. Agindo em áreas de controle, essa classe de suplementos pode desregular funções do organismo e provocar reações em cadeia. Psicoestimulantes agem diretamente no sistema nervoso central, podem provocar taquicardia, hipertensão, aumento de agressividade e cefaleia.

Já o uso de hormônios desequilibra a produção natural do corpo, pois o organismo tem um sistema inteligente próprio para manter as taxas hormonais estabilizadas. “Se a pessoa ingere doses de um determinado hormônio, essa quantidade é somada à que já é produzida. O organismo, então, entende que há uma desregulação no processo natural e tenta equilibrar, produzindo mais hormônios contrários para balancear”, explica Gualano.

Uma consequência comum é o aparecimento de características de efeminação nos usuários de hormônios masculinos. Como ocorre uma “sobrecarga” — geralmente de testosterona –, o corpo, na tentativa de balancear, acaba produzindo mais estrogênio (hormônio feminino). “Os homens podem apresentam aumento das mamas (ginecomastia), impotência sexual, redução dos testículos e infertilidade. As mulheres ficam com a voz mais grossa, têm aumento do clitóris e da quantidade de pelos, queda de cabelo, desregulação da menstruação e, claro, ficam com o físico masculinizado”, explica Gualano.

Na época em que fazia uso de testosterona, o administrador William relata que sentiu leve aumento das mamas. “Depois de algumas semanas, percebi que o mamilo estava mais pontudo. Comigo aconteceu bem pouco, mas fiquei tranquilo porque é comum ocorrer ginecomastia durante o ciclo, por isso optei por fazer TPC”, relata. TPC é a “Terapia Pós Ciclo”, que engloba regime dietético e uso de medicamentos (geralmente também hormonais) para atenuar efeitos colaterais.

A nutricionista Vivian Ragasso acredita que essa terapia pode trazer graves consequências. “É muito comum, principalmente no meio da medicina esportiva, fazer uso de ciclos hormonais e, em seguida, prescrever a TPC. Porém, o método pode levar a disfunções hepáticas e renais”. Atualmente, William não recorre mais ao uso de hormônios para ganho de massa. “Não vejo mais a necessidade de fazer TPC, consigo manter só com Whey, creatina e massa de carboidratos”, afirma.

Suplementos alimentares

Os profissionais entrevistados para esta matéria advertem sobre o uso de psicoestimulantes e hormônios, mas defendem o uso dos suplementos feito à base de proteínas, carboidratos, aminoácidos e creatina, nutrientes essenciais para o bom funcionamento do corpo e que não apresentam risco à saúde.

Diferentemente dos psicoestimulantes, vasodilatadores e hormonais, essa classe de suplementos tem como princípio complementar a alimentação quando ela deixa de fornecer a quantidade suficiente desses nutrientes, o que pode acontecer quando se praticam atividades físicas regulares. Além de suprir possíveis carências da dieta, ainda apresentam bons resultados no ganho de massa muscular.

Mesmo apoiando o uso, os profissionais ressaltam que eles são mais indicados para grupos específicos, como atletas de alto nível, gestantes e pessoas desnutridas ou vegetarianas. “Qualquer pessoa precisa recorrer às proteínas para fortalecer os músculos. Porém, como é um componente de difícil absorção quando consumido in natura, atletas com dois períodos de treino por dia podem lançar mão de suplementos como a proteína isolada, que é absorvida mais rapidamente e, consequentemente, promove recuperação muscular acelerada”, explica Ragasso.

Guarita divide a mesma opinião de Ragasso e ressalta que o maior erro dos atletas de academia é adotar o uso de suplementos sem seguir uma alimentação adequada. “Se ele usa suplementos desse tipo, mas ingere muito carboidrato, terá acúmulo de componentes energéticos no corpo, o que acaba sendo revertido em gordura corporal. Tem de haver necessidade de suplementar, não somente a vontade de acelerar o processo de ganhar massa”, explica.

Outros tipos podem ter consequências específicas se houver uso desmedido, como inchaço devido a retenção de líquidos (aminoácido creatina), aumento da produção de gases intestinais (consequência do uso de quase todos os suplementos, mas principalmente da albumina, proteína existente no ovo) e aparecimento de acne (comum nos usuários de massa hipercalórica, rica em carboidratos).

Ainda assim, é importante frisar que esses suplementos não são prejudiciais à saúde por si só. Gualano afirma que é comum ouvir que tais produtos fazem mal ao fígado e aos rins, mas ressalta: “As complicações só costumam aparecer nas pessoas que já têm pré-disposição a doenças nesses órgãos, pois as substâncias essenciais desses suplementos já são sintetizadas naturalmente pelo organismo. Caso contrário, não há risco”.

Fácil acesso

Atualmente, é comum encontrar os enormes potes de suplementos à venda na internet, em farmácias, lojas especializadas e supermercados. Nada impede que o atleta, seguindo a recomendação do professor da academia, compre livremente os produtos. Para Ragasso, o problema não é a facilidade com que se encontram os suplementos, e sim a falta de controle na hora da venda. “Deveria ser necessário apresentar uma prescrição emitida por um profissional para garantir que o acesso só fosse permitido após uma consulta”, completa.

Muitos atletas defendem o livre acesso apoiando-se no fato de que a oferta desses produtos não sofre restrição nos EUA, onde a indústria de suplementos é enorme. Além disso, muitos criticam a decisão da Anvisa afirmando que nunca sentiram ou apresentaram os efeitos colaterais expostos pela vigilância sanitária brasileira. Entretanto o diretor de Monitoramento e Controle Sanitário da agência, José Agenor Álvares, defende a decisão: “no Brasil, a avaliação é feita com base nos riscos e consequências que o consumo das substâncias pode gerar à saúde das pessoas. Caso haja suspeita do malefício, ela fica proibida até serem estudadas as reais consequências”.

Suplementos mais comuns no mercado

PRÉ-TREINOS

O que é: em sua composição há vasodilatadores que facilitam a passagem de oxigênio e psicoestimulantes pelos vasos sanguíneos e faz com que eles cheguem às células musculares mais depressa. Dessa forma, oferecem ao usuário mais pique e força para fazer atividades físicas.

Quando tomar: de 30 a 45 minutos antes de começar a treinar.

Dosagem: varia de acordo com o fabricante.

Efeitos colaterais: dependência, aumento da resistência a estimulantes, ansiedade, arritmia, alteração da pressão arterial, tremores, insônia, agressividade, sonolência e desânimo após o efeito estimulante.

Excesso: São absorvidos pelo corpo, podendo agravar os efeitos colaterais

Avaliação do profissional: Guarita afirma que a primeira coisa a ser levada em conta na hora de optar por pré-treinos com componentes psicoestimulantes são os efeitos colaterais. Ragasso afirma que não confia no resultado dos pré-treinos e recomenda que, ao invés de optar por eles, o atleta deve escolher alimentos com a mesma funcionalidade. “Ingerir carboidratos de lenta absorção como pães e frutas antes de treinar é uma boa tática, já que eles vão liberando energia aos poucos. A cafeína também ajuda a dar ânimo e ainda tem ação termogênica, afirma.

TERMOGÊNICOS

O que é: são suplementos que ajudam a acelerar o metabolismo e o processo de termogênese, que aumenta a temperatura do corpo e auxilia na queima de gorduras.

Quando tomar: o recomendado pela maioria dos produtos é 1 cápsula de 15 a 60 minutos antes da prática de atividade física, mas alguns sugerem 1 cápsula especificamente no café da manhã e outra dali a 6h ou 8h.

Dosagem: de 1 a 3 cápsulas por dia. O produto só pode ser usado, no máximo, por dois meses, depois é preciso fazer intervalo de 1 a 2 meses.

Efeitos colaterais: pode causar desidratação, arritmia, agressividade, insônia, cefaleia, falta de concentração, enjoo, agitação.

Excesso: como são psicoestimulantes, não pode ser excedida a dosagem padrão dentro de 24h, sob risco de acentuar os efeitos colaterais.

Avaliação do profissional: para Heloísa Guarita, os termogênicos que promovem queima de gordura possuem componentes proibidos e altamente nocivos, como hormônios para controle da tireoide. Outros simplesmente não funcionam. Para ela, o ideal é utilizar alimentos e bebidas que auxiliam a termogênese, como vegetais fibrosos (brócolis, acelga, couve), laranja, kiwi, óleo de coco, peixe, café, ou até mesmo um copo de água. Além disso, a especialista lembra que, por serem estimulantes, levam o usuário a fazer mais exercícios, o que promove gasto energético maior, dá mais fome e, consequentemente, faze comer mais. Já alimentos e bebidas têm esse efeito suavizado, por isso são mais indicados. Assim como Guarita, Bruno Gualano e Vivian Ragasso são contrários ao uso de termogênicos sintéticos: ambos afirmam que o produto não tem efeito.

AMINOÁCIDOS

O que é: conjuntos de aminoácidos formam as proteínas, principais constituintes das fibras musculares. Apesar de o corpo produzi-los, é importante fazer suplementação caso sejam feitos exercícios aeróbicos intensos, uma vez que os níveis de glutamina (o aminoácido mais conhecido) caem durante o treinamento. A falta desse aminoácido pode causar perda de massa muscular (catabolismo) e enfraquecimento do sistema imunológico, pois se o organismo não dispuser de energia suficiente para realizar a atividade física, passa a usar aminoácidos dos músculos para suprir a demanda.

Quando tomar: 15 minutos antes do treino e o quanto antes depois do treino.

Dosagem: cada dose deve ter de 4g a 8g.

Efeitos colaterais: constipação e flatulências. Quem apresenta problemas renais e no fígado não pode fazer uso de glutamina, uma vez que ela pode agravar o quadro.

Avaliação do profissional: segundo Guarita, “os aminoácidos têm papel importante no metabolismo das proteínas e pode ajudar na reconstrução muscular”. A nutricionista Vivian Ragasso reforça que o BCAA, um dos mais conhecidos suplementos dessa categoria tem resultados excelentes na proteção muscular.

PROTEÍNAS

Se determinado músculo está sendo constantemente exercitado, o corpo naturalmente aumenta o aporte de proteínas para ele, deixando-o mais forte e torneado. O princípio dos suplementos proteicos é fornecer a matéria-prima desse processo e permitir a produção de fibras musculares.

a) Whey Protein:

O que é: Whey Protein é a proteína presente no leite e o suplemento mais usado nas academias. Como é de fácil absorção, promove rápida reconstrução muscular e é ideal para atletas de alto nível.

Quando tomar: o quanto antes depois do treino, período em que o efeito de reconstrução e fortalecimento muscular é mais intenso. Se for ingerido antes, o Whey não terá o mesmo efeito e ainda pode levar ao acúmulo de gordura.

Dosagem: para quem pratica exercícios moderados, o indicado é de 1,2g a 1,8g por quilo corporal. Já os atletas de alto nível devem consumir em torno de 2,4g por quilo corporal. Geralmente, o pó deve ser batido com 200ml a 300ml de água ou leite desnatado.

Excesso: é excretado nas fezes. Caso não se siga uma dieta balanceada, pode contribuir para o acúmulo de gordura.

Efeitos colaterais: pode engordar se não for ingerida a dosagem correta ou se o uso não for acompanhado de uma dieta equilibrada. Em algumas pessoas pode provocar gases.

Avaliação do profissional: nenhum dos profissionais entrevistados na matéria se opõe à suplementação à base de proteína, com a ressalva de que um nutricionista deve ser consultado antes. Guarita defende que o uso, mesmo por pessoas que não tenham deficiência proteica, pode trazer bons resultados, desde que se siga uma alimentação balanceada.

b) Albumina

O que é: é uma proteína de fácil absorção proveniente do ovo, com a mesma função das outras: promover ganho de massa muscular.

Quando tomar: o quanto antes após os treinos, período em que a absorção proteica é mais eficiente.

Dosagem: de 14g a 20g, misturados com 200ml a 300ml de água ou leite desnatado.

Excesso: como qualquer proteína, o excesso é excretado nas fezes ou acumulado como gordura.

Efeitos colaterais: desconforto gastrointestinal e flatulência.

Avaliação do profissional: para a nutricionista Vivian Ragasso, a albumina é uma boa saída para atletas que precisam de suplementação mas não têm recursos suficientes para usar regularmente o Whey Protein. “Apesar de barata, a albumina traz algumas consequências indesejadas, como o aumento de flatulências com odor forte. Fora isso, é tão boa quanto o Whey”, afirma.

CREATINA

O que é: é um ácido encontrado naturalmente no organismo e que ajuda a fornecer a forma de energia mais usada pelo corpo: o ATP. Quando há contração muscular, a molécula de ATP passa por um processo chamado hidrólise e libera fosfatos, que fornecem a energia necessária para o movimento. Ao final de aproximadamente dez segundos, essa energia é consumida e é necessário mais ATP para novas contrações. Suprir essa demanda é a função do fosfato presente na creatina.

Quando tomar: o melhor momento é depois do treino. Se for em pó, pode ser misturada com o Whey Protein.

Dosagem: de 2g a 5g por dia de treino.

Excesso: não há estudos que esclareçam os efeitos do excesso de creatina.

Efeitos colaterais:retenção de líquido.

Avaliação dos profissionais: Bruno Gualano defende o uso da creatina reforçando que o suplemento auxilia no fortalecimento dos músculos e não traz risco à saúde. Vivian Ragasso lembra que o produto promove ganho de massa magra, mas é importante ficar atento para não confundir o fortalecimento das fibras musculares com a retenção de líquido, que pode deixar o corpo inchado.

CARBOIDRATOS

São os combustíveis do organismo. Muitos atletas de alto nível precisam usar suplementos à base de carboidratos para suprir necessidades energéticas. São indicados também para que pessoas com massa muscular abaixo do normal alcancem o padrão para seu peso, altura e idade.

Maltodextrina e Dextrose

O que é: é um carboidrato de absorção lenta, extraído do amido de milho. Possui alto índice glicêmico, ou seja, promove elevação do nível de glicose no sangue, fornecendo energia. Para controlar a quantidade de açúcar, o organismo produz insulina, que auxilia na síntese de proteínas, o que acaba contribuindo para a reconstrução muscular. Além disso, atua no transporte de nutrientes para dentro das células, sejam proteínas, creatina ou glutaminas.

Quando tomar: deve ser tomado o quanto antes após a atividade física.

Dosagem: de 30g a 40g dissolvidos em 300ml de água. Pode-se misturar com o Whey Protein.

Excesso: se não for acompanhado de alimentação balanceada, pode engordar.

Efeitos colaterais: não existem estudos que descrevam os efeitos colaterais, mas há relatos de surgimento de acne.

Avaliação do profissional: segundo Ragasso, os suplementos à base de carboidratos são importantes para esportistas que precisam de muita energia e para auxiliar no ganho de massa muscular. Além disso, a nutricionista lembra que, apesar de o carboidrato ter função de combustível, o melhor momento para ingeri-lo é após os treinos. “Os carboidratos de alto índice glicêmico auxiliam na recuperação da energia consumida nos exercícios. Se essa energia não estiver disponível, o organismo vai buscá-la nas proteínas, que acabam tendo de dividir sua função de reconstrução muscular e têm sua eficiência reduzida”, afirma.

SUPLEMENTOS HORMONAIS

O que é: estimulam a produção de hormônios. Só devem ser usados mediante prescrição médica. Auxiliam no ganho acelerado de massa muscular, já que são altamente anabólicos (fase do metabolismo em que há síntese acelerada de moléculas complexas, como as que formam as proteínas). Entretanto, podem trazer inúmeras consequências.

Quando tomar: mediante prescrição.

Dosagem: varia de acordo com o tipo de hormônio, indo desde 25mg a 400mg por dia.

Excesso: são absorvidos pelo corpo e intensificam as reações adversas.

Efeitos colaterais: podem causar infertilidade, disfunção hepática e renal. Em mulheres pode haver aumento da quantidade de pelos e do clitóris, desregulação do ciclo menstrual, engrossamento das cordas vocais e calvície. Em homens, aumento das mamas, impotência sexual e hipogonadismo.

Avaliação do profissional: os profissionais entrevistados nesta matéria são contrários ao uso de hormônios, uma vez que a suplementação hormonal para pessoas saudáveis pode causar desregulação na fabricação natural e ocasionar problemas graves.
 
Fonte: Drauzio Varella, acesso em 13/05/2014.

9 ALIMENTOS QUE AJUDAM NA DIGESTÃO.

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Quem nunca sentiu aquele mal estar depois que comeu demais ou sofreu as dores de uma escolha errada no cardápio? Muitas pessoas apresentam problemas de digestão, como a azia e a prisão de ventre, que estão entre os desconfortos mais populares. No entanto, a solução para esses problemas pode estar na própria dieta, com a ingestão de alimentos que possuem propriedades digestivas. O gastroenterologista Irineu Pantoja, de São Paulo, explica que se os problemas persistirem, o ideal é procurar um médico, que poderá dar uma orientação mais específica. Confira os alimentos que podem ajudar na digestão e acabe com o desconforto após as refeições:

Fibras
As
fibras têm papel importante na digestão, pois prolongam o tempo que o alimento permanece no tubo digestivo. Tanto as fibras insolúveis (cerais e farelos) quanto as solúveis (frutas, legumes e verduras) são recomendadas, porém vale lembrar que o mecanismo de ação de cada uma é diferente. "As fibras insolúveis não são digeridas, e atuam aumentando a velocidade intestinal, contribuindo principalmente para o bom funcionamento intestinal e a prevenção de doenças no intestino", diz o gastroenterologista Irineu Pantoja, de São Paulo. Já as solúveis agem retendo líquidos, formando um gel viscoso no estômago que retarda o esvaziamento gástrico, promovendo mais saciedade. O consumo ideal é de 25 a 30g ao dia de fibras no geral. Lembrando que, para ter efeito desejado, é importante consumir as fibras em conjunto com a água. "Ela que irá ajudar na formação do bolo fecal, melhorando o fluxo do intestino", completa Irineu.

Ameixa
Por conta do seu alto teor de fibras e da presença de determinados ácidos orgânicos digestivos, a ameixa é um fruta com potencial laxativo, capaz de melhorar o trânsito intestinal. "A quantidade depende do consumo de outras fibras provenientes da alimentação, mas uma média de uma a duas ameixas por dia seria ideal para pessoas com o
intestino preso", diz a nutricionista Thatiana Galante, de São Paulo.

Gengibre
Essa raiz auxilia na secreção gástrica e tem um poder anti-inflamatório natural, auxiliando na digestão e em quadros de gastrite, além de melhorar a sensação de queimação, dor e náusea. "O
gengibre pode ser consumido na forma de chás, gengibre ralado, sopas, saladas e sucos", diz a nutricionista Pollyanna Ayub, da Amil.

Mamão e abacaxi
De acordo com Irineu Pantoja, o abacaxi e o mamão possuem naturalmente enzimas em sua composição chamadas bromelina e papaína, respectivamente, que auxiliam na digestão principalmente de proteínas. "Consumir uma fatia de abacaxi ou um quarto de mamão papaya após uma refeição rica em proteínas, como o churrasco, seria o ideal para uma digestão eficiente", diz o gastroenterologista.


Banana
"A banana possui frutano, um amido resistente que contribui para o controle do índice glicêmico, melhora o
colesterol e regulariza o trânsito intestinal", diz a nutricionista Pollyana. Ela completa dizendo que essa fibra está presente principalmente na banana verde, e que o consumo ideal é de uma colher de sopa da fruta por dia. "Apesar de o frutano estar mais presente na fruta verde, a banana madura ajuda a reverter quadros de diarreia", ressalta a nutricionista.

Iogurtes probióticos
Os probióticos são bactérias boas, que em contato com a mucosa intestinal favorecem a proliferação de micro-organismos que atuam promovendo o equilíbrio da flora intestinal. "Eles atuam prevenindo a proliferação de organismos patogênicos, revertendo quadros de diarreias e inibindo a colonização de bactérias no trato gástrico", afirma Pollyana Ayub. A recomendação é ingerir uma porção (um potinho) de iogurte por dia.


Azeite
Pesquisas recentes indicam que o azeite pode inibir a formação excessiva de ácido gástrico, melhorando a digestão e prevenindo a
azia. "Por ser uma gordura, o azeite estimula a produção de suco pancreático e a bile, facilitando a digestão", completa. O azeite pode ser consumido nas saladas ou como tempero em qualquer outra preparação.

Chás digestivos
Alguns tipos de chá ajudam na digestão dos alimentos e diminuem a sensação de barriga estufada. "Chás de hortelã, alecrim, erva cidreira, camomila, sálvia, menta e psyllium são os digestivos mais conhecidos", afirma a nutricionista Thatiana. De acordo com ela, o ideal é beber o
chá entre 30 e 40 minutos após a refeição. "E quanto menor o processo de oxidação da planta, maior é a concentração de oxidantes e mais efetivo ele é", afirma a nutricionista. Os chás podem ser consumidos de forma clássica ou acrescidos em sucos.

Couve
De acordo com a nutricionista Thatiana, essa verdura em especial contém substâncias que auxiliam no processo de cicatrização da mucosa, desintoxicando o aparelho digestivo e acalmando os sintomas da indigestão. O ideal é que a couve seja consumida crua, mas seus benefícios não se perdem com a cocção.


Evite beber durante as refeições
O gastroenterologista Irineu não aconselha a ingestão de líquidos durante a refeição. "Esse hábito compromete o processo digestivo e a utilização plena dos nutrientes ingeridos, comprometendo sua absorção", diz. O melhor é ingerir líquidos antes ou 30 minutos após a refeição para garantir uma boa digestão.
 
Fonte: Minha Vida, acesso em 13/05/2014.

MICROBIOMA SAUDÁVEL.

terça-feira, 6 de maio de 2014 1 comentários
Microbioma saudável
Conforme são catalogados os trilhões de bactérias encontradas em cada canto e recanto do corpo humano, observa-se uma grande variação nos tipos de bactérias encontradas nas pessoas saudáveis.
 
Com base nesses dados, a conclusão de um projeto internacional - o Projeto Microbioma Humano - é simples e direta: não há um único microbioma saudável.
 
Microbioma, segundo a definição mais aceita, é "a comunidade ecológica de microrganismos comensais, simbióticos e patogênicos que literalmente compartilham nosso espaço corporal".
 
Em vez de um conjunto de bactérias saudáveis e um conjunto de bactérias nocivas, o que há é que cada pessoa abriga uma coleção única e variada de bactérias que são o resultado da sua história de vida, das suas interações com o ambiente, da sua dieta e do uso de medicamentos.
 
"Compreender a diversidade de tipos de comunidades bacterianas e os mecanismos que resultam em um indivíduo tendo um tipo particular ou tipos variáveis nos permitirá usar o seu tipo de comunidade para avaliar o risco de doenças e para personalizar seus cuidados médicos," propõe o Dr. Patrick Schloss, da Universidade de Michigan (EUA).
 
Comunidades de bactérias
O Projeto Microbioma Humano é um esforço internacional para entender como as mudanças no microbioma estão associados a mudanças na saúde.
"O que nossos dados mostram é que, só porque o microbioma de uma pessoa é diferente não significa que ela esteja doente," diz o Dr. Schloss. "Isso demonstra que há mais para aprender sobre os fatores que fazem o próprio microbioma mudar."
 
Outra conclusão surpreendente revela que as bactérias podem ser agrupadas em tipos de comunidades que são preditivas umas das outras.
"O inesperado é que é possível prever o tipo de comunidade [de bactérias] que uma pessoa tem em seu trato gastrointestinal com base na comunidade [de bactérias] em sua boca," explica Schloss. "Isto foi possível mesmo quando os tipos de bactérias são muito diferentes nos dois locais."
 
Mais de 200 cientistas do projeto passaram os últimos cinco anos analisando amostras de cerca de 300 adultos saudáveis. As amostras vieram de 18 lugares diferentes em seus corpos, incluindo bocas, narizes, intestinos, atrás de cada orelha, axilas, cotovelos etc.
 
Fonte: Diário da Saúde, Cada pessoa tem seu próprio time de bactérias saudáveis. Acesso em 06/05/2014.

PRODUÇÃO NACINAL DE AZEITE DE OLIVA.

sexta-feira, 2 de maio de 2014 0 comentários
Extravirgem brasileiro
Recomendado pelos benefícios que traz à saúde, o consumo do azeite extravirgem vem aumentando no Brasil, embora os custos de importação restrinjam a sua utilização.
 
A produção nacional ainda é incipiente.
Por isso, não deixa de ser surpreendente a conclusão a chegaram os pesquisadores Cristiano Augusto Ballus e Helena Teixeira Godoy, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas - SP).
 
Segundo os pesquisadores, o azeite de oliva extravirgem brasileiro apresenta características similares aos produtos importados.
Foram analisadas 45 amostras de azeites encontrados em supermercados, importados principal de Portugal, Espanha, Itália e Grécia.
Os produtos nacionais foram obtidos de plantações nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais - o interesse pela produção de azeites de oliva nacionais está-se dando por iniciativa de institutos de pesquisa como a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), a Empresa de Pesquisa e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa-RS).
 
Dezessete amostras de azeites de oliva produzidos em Minas Gerais apresentaram teores de compostos fenólicos muito similares aos encontrados em azeites de oliva dos países da Europa e da Argentina, também uma grande produtora de azeite de oliva.
Outras 20 amostras, recolhidas nos três estados, mostraram-se muito similares aos azeites europeus, pelo menos em relação aos compostos fenólicos.
 
Azeite extravirgem
O azeite de oliva extravirgem é obtido da azeitona somente através de meios mecânicos, sem nenhum outro tratamento. O fruto é colhido na época devida e, no menor tempo possível, lavado e prensado, seguindo-se os processos de filtração, decantação ou centrifugação.
Este processamento garante que mesmo os componentes minoritários, entre eles os fenólicos, permaneçam no produto final, diferentemente de outros óleos vegetais que, quando submetidos ao refino químico, perdem várias das substâncias benéficas à saúde.
 
O azeite de oliva extravirgem é altamente recomendado por seus benefícios à saúde humana, relacionados sobretudo à conhecida dieta mediterrânea, na qual se atribui ao produto importante papel na prevenção de doenças como as coronarianas e alguns tipos de câncer.
Entre os principais responsáveis por estes efeitos destacam-se o elevado teor de ácido oleico, que diminui o colesterol "ruim", e a presença de compostos fenólicos, que agem como sequestradores de radicais livres.
 
A fração lipídica dos azeites de oliva, constituída por ácidos graxos, corresponde a 98% de sua composição química. Nos 2% restantes assumem particular importância principalmente duas classes de compostos antioxidantes: os fenólicos e os tocoferóis.
 
Entre outros parâmetros, a legislação determina que, para ser considerado extravirgem o azeite de oliva deva conter entre 55% e 83% de ácido oleico entre os ácidos graxos e apresentar acidez abaixo dos 0,8%, características responsáveis pela sua maior resistência à degradação durante o tempo de prateleira e no uso em condições mais drásticas, como é o caso de frituras.
 
Fonte: Diário da Saúde, acesso em 02/05/2014.