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ZINCO: MINERAL É ESSENCIAL AO SISTEMA IMUNE.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013 0 comentários
Ter uma alimentação rica em minerais é essencial para manter a saúde em dia. Mas, entre tantos nutrientes, um deles assume papel de destaque: o zinco. "Esse mineral é essencial para que nosso corpo continue funcionando de maneira eficiente. Ele nos protege de um número grande de doenças e ajuda a combater outras que já se instalaram em nosso organismo", diz a nutricionista Natalia Lauterbach, da rede Mundo Verde, em São Paulo.

A falta de zinco na alimentação é um problema sério, que segundo a Organização Mundial da Saúde, está ligada a muitos casos de mortes, já que esse mineral tem função importante em nosso sistema imunológico. O problema é mais comum em países menos desenvolvidos, mas a carência de zinco atinge também países mais ricos. De acordo com a OMS, a população brasileira tem um consumo moderado de zinco, mas não o ideal, ficando abaixo de países como Uruguai, Chile e Venezuela. "O consumo mínimo indicado de zinco é de sete miligramas por dia para as mulheres e nove para os homens, mas pode variar conforme a idade. Para os idosos, por exemplo, o número sobe para oito entre as mulheres e 11 para os homens. No Brasil, temos um número um pouco inferior a esse", diz a nutricionista. 
 
Papel no organismo
O principal papel do zinco no organismo acontece no sistema imunológico. "O zinco é importante tanto para a síntese de células imunológicas como em sua ação de defesa contra vírus, bactérias e fungos", diz Natália Lauterbach.

De acordo com a OMS, pessoas que não consomem quantidades suficientes de zinco têm maiores chances de sofrer com ação de agentes infecciosos, e por isso, passam mais tempo doentes se comparadas com aquelas que têm uma ingestão de zinco adequada.

O zinco também protege o organismo por ter ação antioxidante, diminuindo a quantidade de radicais livres em nosso corpo. Esse tipo de molécula, afeta negativamente as funções das células, aumentando as chances de desenvolver tipos diferentes de câncer.

Além disso, aproximadamente 100 enzimas diferentes precisam do zinco para conseguir catalisar reações químicas que mantém as funções celulares eficientes. Por isso, o zinco, além de ter papel importante em nossa imunização, ainda ajuda praticamente todo o corpo a funcionar melhor.
 
Nutrição infantil
O zinco é ainda mais importante para as crianças. A ingestão adequada desse mineral é essencial para que os pequenos cresçam de forma saudável. De acordo com a OMS, algumas das maiores causas de morte infantil são diarreia- que ainda causa 18% das mortes entre crianças no mundo- e pneumonia, dois problemas que tem relação direta com a falta de zinco.

"O sistema imunológico das crianças é mais frágil que o dos adultos, por isso uma alimentação rica em zinco é essencial", diz a nutricionista. Para se ter uma ideia da importância do zinco na alimentação de uma criança, uma das ações mais realizadas pela Organização Mundial da Saúde para diminuir os casos de mortalidade infantil em países pobres é incluir suplementos de
zinco na dieta. Desde que essa medida foi adotada no final da década de 1980, os casos de morte por diarreia no mundo em crianças com menos de cinco anos caíram de 4,5 milhões para 1,8 milhões em 2006.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Unicef em 2009, suplementos de zinco para gestantes pode prevenir várias complicações durante o parto e ainda ajudar o bebê a
ganhar peso após o nascimento, reduzindo o risco de infecção. Por isso, é indicado que as grávidas consumam, diariamente 12 mg de zinco. 

IdadeHomensMulheres
1 a 3 anos3,0 mg3,0 mg
4 a 8 anos5,0 mg5,0 mg
9 a 13 anos8,0 mg7,0 mg
14 a 50 anos8,0 mg7,0 mg
acima de 50 anos11,0 mg8,0 mg

Sintomas da falta de zinco
Como o zinco atua em diversas funções de nosso corpo, a falta dele tem consequências, como fragilidade do sistema imunológico, ferimentos que não cicatrizam, dificuldade de sentir gosto salgado de alimentos, problemas na pele (psoríase), aumento dos níveis de glicose no sangue, pele seca e amarelada e mau funcionamento do fígado.

"Entre todos esses problemas, o que mais preocupa é o efeito que a falta de zinco provoca sobre o sistema imunológico. Isso faz com que o organismo fique muito mais exposto a todas as doenças infecciosas", explica a nutricionista.
 
Fontes de zinco
Uma alimentação balanceada fornece as quantidades diárias de zinco para que nosso corpo fique protegido. Os alimentos campeões desse nutriente são as ostras, mas outras fontes mais comuns podem fazer parte de nosso cardápio diário.

"Uma dieta com oleaginosas, como nozes e castanhas, todos os tipos de carne, arroz e pão integrais já faz o nosso sistema imunológico funcionar melhor", diz a nutricionista. Além desses alimentos, a semente de abóbora, aveia, feijão e leite integral também são boas fontes desse mineral.

Mas, em alguns casos, apenas a alimentação não consegue fornecer ao corpo a quantidade que falta de zinco. "Alimentos são sempre a melhor opção, mas em alguns casos, com o aconselhamento de um médico, é necessário investir nos suplementos para atingir as doses diárias desse mineral", diz Natalia Lauterbach.

Além disso, de acordo com a nutricionista, pessoas que sofrem com acrodermatite enteropática (falta de absorção de zinco pelo intestino), diabetes, transtornos alimentares, doenças intestinais e doenças renais podem precisar de suplementos de zinco para compensar a falta de absorção causada por esses problemas. 
 
Combinações poderosas
AlimentoPesoQuantidade de zinco (mg)
Ostras86 g38
Nozes100g4,0
Castanhas100g4,0
Carne bovina130g4,0
Carne de frango180g1,5
Arroz integral40g1,0
Farelo de aveia94g2,9
Leite integral240g1,0
Feijão50g1,15
Semente de abóbora20g1,3
Pão integral80g1,6

De acordo com o U.S. Department of Agriculture, várias porções de alimentos devem ser combinadas para que a cota diária do mineral seja atendida. Para ilustrar esta recomendação, podemos dizer que uma porção de carne bovina (4 mg de zinco), duas de arroz integral (2 mg), e duas de leite (2 mg) por dia fornecem no total 8 mg de zinco, o que representa o consumo indicado para adolescentes e adultos.

Consumir durante o dia uma porção de pão integral (1,6 mg), farelo de aveia (2,9 mg) duas porções de arroz integral(2,0 mg), feijão (1,15mg) uma de carne de frango (1,5mg) já é o suficiente para um adulto atingir as quantidades recomendadas desse mineral. 

Excesso também faz mal
Mesmo que esse mineral seja essencial para o nosso organismo, consumi-lo em excesso (mais de 50 miligramas por dia durante semanas), pode fazer mal à saúde. Isso acontece por causa da relação do mineral com as moléculas de cobre no organismo. "Quando os níveis de zinco estão muito altos em nossa corrente sanguínea, a quantidade de cobre diminui, deixando a pessoa com deficiência desse outro mineral", explica a nutricionista.

Os principais sintomas de excesso de zinco e falta de cobre no organismo são diarreia, sonolência, letargia, enjoo e vômitos frequentes. "Por isso, antes de tomar suplementos, é preciso saber se eles são realmente necessários e qual a dose indicada", diz a especialista.
 
Fonte: Minha VIda, Consuma mais zinco e deixe sua saúde protegida. Mineral é essencial para fortalecer o sistema imunológico. Acesso em 30/08/2013.
 

HÁBITOS SAUDÁVEIS E PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS ESTÃO RELACIONADOS À NÍVEL DE ESCOLARIDADE.

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Os hábitos alimentares saudáveis e a prática de exercícios físicos regulares são comportamentos que se relacionam ao grau de escolaridade. A constatação está na pesquisa Vigitel 2012, divulgada, nesta quarta-feira (27), pelo Ministério da Saúde. A pesquisa ouviu 45 mil pessoas acima de 18 anos.

O consumo regular de frutas e hortaliças é menor entre as pessoas que têm menos escolaridade. Entre os que estudaram até oito anos, 34% consomem regularmente esses alimentos. Na faixa dos que têm entre nove e 11 anos de estudo, o percentual é 31%. Entre os que estudaram 12 anos ou mais, 45% consomem frutas e hortaliças regularmente.

Entre os avanços apontados pela pesquisa Vigitel 2012 está o aumento no consumo recomendado de frutas e hortaliças pela população e da prática de atividade física no tempo de lazer entre os homens. Um desafio apontado é a alta frequência de consumo abusivo de bebidas alcoólicas, especialmente entre homens e jovens.
Na área da atividade física, os homens são mais ativos no tempo livre (41,5%) que as mulheres (26,5%). Nesse grupo, os mais jovens se exercitam mais e o percentual de prática de atividade física reduz à medida que aumenta a idade.

Já em relação às bebidas alcoólicas, a pesquisa mostra que o consumo abusivo é maior entre quem tem mais escolaridade. É considerado consumo abusivo a ingestão de cinco doses ou mais entre homens e quatro doses ou mais entre mulheres nos últimos 30 dias. De acordo com a pesquisa, 22% da população com 12 anos ou mais de estudo e 15% dos que têm até oito anos de estudo tiveram consumo excessivo.

Entre os homens com 12 anos ou mais de estudo está o maior percentual dos que dirigem após o consumo de qualquer quantidade de bebida alcoólica. O consumo abusivo de bebida ocorre principalmente na faixa etária de 25 a 34 anos, com 24,7%. Em seguida está a população entre 18 e 24 anos (21,8%).

A Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - Vigitel 2012 - entrevistou 45 mil pessoas acima de 18 anos das 26 capitais e do Distrito Federal.
 
Fonte: I Saúde, Hábitos saudáveis são mais frequentes na população de maior escolaridade. Já em relação às bebidas alcoólicas, a pesquisa mostra que o consumo abusivo é maior entre quem tem mais escolaridade. Acesso em 30/08/2013.
 

COMPOSTO PRESENTE NO BRÓCOLIS RETARDA PROGRESSÃO DE ARTRITE.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013 0 comentários
Composto encontrado no brócolis pode ser a chave para prevenir ou retardar o desenvolvimento da forma mais comum de artrite, de acordo com pesquisa liderada pela Universidade de East Anglia (UEA), no Reino Unido.
 
Os resultados do estudo mostram que o sulforafano retarda a destruição da cartilagem na articulação associada com a osteoartrite dolorosa e muitas vezes incapacitante.
Os pesquisadores descobriram que ratos alimentados com uma dieta rica no composto tiveram significativamente menos danos na cartilagem e osteoartrite do que aqueles que não receberam a substâncias.
 
O sulforafano é liberado quando comemos vegetais crucíferos, como couve de Bruxelas e couve, mas especialmente o brócolis. Estudos anteriores sugeriram que o sulforafano tem propriedades anticâncer e anti-inflamatórias, mas este é o primeiro grande estudo sobre os seus efeitos na saúde das articulações.
 
A equipe demonstrou que o sulforafano bloqueia as enzimas que causam a destruição articular, parando uma molécula-chave conhecida por causar inflamação. Eles queriam descobrir se o composto está presente nas articulações em quantidades suficientes para ser eficaz.
 
A equipe está, agora, desenvolvendo um ensaio em pequena escala para pacientes com osteoartrite devido a uma cirurgia de substituição do joelho, para ver se ingerir brócolis tem efeitos semelhantes na articulação humana.
 
Se for bem sucedido, eles esperam que os resultados possam levar a um financiamento para um ensaio clínico em grande escala para mostrar o efeito de brócolis sobre a osteoartrite, a função articular e a dor em si.
 
"Os resultados deste estudo são muito promissores. Nós mostramos que isso funciona em três modelos de laboratório testados, em células de cartilagem, tecido e camundongos. Nós agora queremos mostrar que isso funciona em seres humanos. Seria muito poderoso se pudéssemos", conclui o pesquisador-chefe Ian Clark.
 
Fonte: I Saúde, Composto presente no brócolis retarda progressão de forma comum de artrite. Sulforafano previne a destruição da cartilagem na articulação associada com a osteoartrite dolorosa e incapacitante. Acesso em 29/08/2013.

ALIMENTAÇÃO NO CONTROLE DO COLESTEROL.

terça-feira, 27 de agosto de 2013 0 comentários
O que é colesterol?
Uma gordura que circula no sangue e integra todas as nossas células, tornando-as mais fluidas e permitindo a entrada e saída de substâncias. O colesterol
é essencial para garantir a atividade do sistema nervoso e a síntese de hormônios. O grande problema é que, para se locomover, ele precisa de uma lipoproteína de baixa densidade, o LDL. É ele que circula pelos tecidos e que pode, quando em excesso, obstruir as artérias. “O LDL é precursor da aterosclerose e pode causar complicações cardiovasculares sérias”, diz a nutricionista Ana Carolina Gagliardi. O ideal é que o nível de colesterol total fique abaixo de 200 mg/dL e que o LDL não ultrapasse 100 mg/dL.

Veja mais dicas para combater o colesterol
Como controlar
O principal objetivo da dieta é diminuir o LDL e aumentar o HDL (colesterol bom) no sangue. Estas últimas trazem de volta para o fígado todo o colesterol que está sobrando no corpo, corrigindo parte dos estragos feitos pelo LDL. O segredo, então, é aumentar o consumo de alimentos fontes de boas gorduras, as monoinsaturadas.
O que cortar

frituras,
embutidos, cortes de aves com pele, leite integral, bolos prontos, bacon, carnes vermelhas em excesso, maionese e manteiga.

Por que fazem mal: apresentam gorduras saturadas e trans, que aumentam a produção de colesterol pelo fígado e os níveis de LDL. “Essas gorduras são a parte mais saborosa dos alimentos e, infelizmente, não têm um substituto à altura. Porém, vale investir em trocas inteligentes para poupar a saúde. Assim, substitua o bacon do feijão pelo alho e pela cebola”, indica a endocrinologista e nutróloga Ellen Simone Paiva, diretora do Centro Integrado de Terapia Nutricional (Citen).

Alimentos que não podem faltar na sua dieta
Aveia, leite de soja, azeite de oliva extravirgem, feijão-de-corda integral e tomate.
Por que fazem bem: a aveia possui alto teor de fibras solúveis, que diminuem a absorção de colesterol pelo organismo. Já a proteína de soja é rica em saponina, composto com ação comprovada na redução da absorção do colesterol no fígado, tanto quanto a vicilina do feijão-de-corda. O azeite é uma das melhores fontes de gordura monoinsaturada. E o tomate, por fim, contém licopeno, que atua como antioxidante, prevenindo e combatendo a formação de placas de gordura.
 
Fonte: Revista Viva Saúde, Dieta para controlar o colesterol. Acesso em 27/08/2013.

FIBRAS PREBIÓTICAS.

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Os guias alimentares recomendam o aumento do consumo de frutas, verduras, legumes, feijões e cereais integrais pela população. Isso porque, além de uma variedade imensa de nutrientes, esses alimentos contêm alto teor de fibras. Nos últimos anos, as fibras alimentares têm sido largamente estudadas devido ao seu papel na prevenção de doenças crônicas, incluindo as cardiovasculares, diabetes e obesidade.
 
A fibra é formada por diversos componentes, sendo que alguns recebem o nome de prebióticos, como a inulina e os fruto-oligossacarídeos (FOS). A nutricionista Flávia De Conti Cartolano* ensina que quando os prebióticos atingem o intestino grosso, eles são metabolizados por bactérias benéficas, presentes neste local. Além disso, pesquisadores observaram que os prebióticos podem estimular o crescimento de algumas bactérias promovendo uma flora intestinal (ou microbiota) mais saudável.
 
“A ação dos prebióticos sobre a flora intestinal é capaz de produzir efeitos importantes para a saúde, como por exemplo, a prevenção de episódios de diarreias e constipação e o favorecimento do sistema imunológico”, ressalta a nutricionista.
 
A recomendação diária de ingestão de fibra alimentar varia de acordo com a idade. “Para adultos, a recomendação é em torno de 25g por dia. Para crianças e adolescentes, a American Health Foundation aconselha que a ingestão diária seja a idade correspondente acrescida de 5 ou 10g”. Assim, uma criança de 5 anos deve ingerir entre 10 e 15g de fibra alimentar por dia.
 
Por outro lado, não existem recomendações claras sobre a recomendação diária de prebiótico. Segundo Flávia, a quantidade de 5 a 10 g pode ser indicada para manutenção do equilíbrio da flora intestinal dos adultos.
 
“As principais fontes naturais de inulina e FOS são a alcachofra, cevada, centeio, raiz de almeirão, cebola, banana, alho, aspargo e yacon (uma variedade de batata)”. Existem também produtos enriquecidos com fibras prebióticas, como alguns leites e suplementos, além da fibra isolada para ser adicionada às preparações ou diluída em água.
 
Para conhecer o teor de fibras dos produtos que você consome, consulte sempre as informações de rotulagem. A legislação brasileira determina que os fabricantes de alimentos especifiquem o conteúdo de fibras na tabela nutricional. Lembre-se que as quantidades mais significativas são encontradas em frutas, hortaliças, feijões e cereais integrais.
 
Fonte: Nestle, Fibras prebióticas: o que são e onde encontrá-las. Acesso em 27/08/2013.

FERMENTAÇÃO DOS ALIMENTOS.

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É fácil entender porque a menção da palavra bactéria é sempre associada a algo ruim ou perigoso, afinal de contas existem espécies que podem causar doenças e devem ser rapidamente identificadas e combatidas.
 
Por outro lado, há também bactérias benéficas, que são importantes para a sobrevivência dos seres humanos. A boca e o intestino, por exemplo, são habitados por milhares de bactérias “do bem”, que participam, inclusive, do metabolismo de nutrientes e manutenção do sistema imunológico.
 
Além disso, as bactérias estão presentes no processo de fermentação dos alimentos, juntamente com as leveduras. Esses dois organismos, visíveis apenas com o auxílio de microscópios, são capazes de alterar a estrutura dos alimentos de maneira positiva, melhorando o sabor e estendendo o prazo de  validade.
 
A fermentação é um fenômeno natural, responsável pela obtenção de produtos como pães, iogurtes, coalhadas, vinagre, cervejas, queijo, chocolate, café e vinhos.
Diversas culturas ao redor do mundo contam com esse processo para elaboração de preparações típicas, incluindo o famoso chucrute alemão, que é uma conserva feita por meio da fermentação das folhas do repolho. Os povos asiáticos consomem uma grande variedade de fermentados de soja, principalmente shoyu, missô, tempê e natô.
 
Essas transformações acontecem, ainda, na sua cozinha. O famoso “fermento biológico”, utilizado nas receitas de pães e bolos, é o elemento responsável para que a massa fique leve, aerada e macia, diferente dos pães pesados e massudos fabricados pelos povos antigos, há milhares de anos.
Muitos autores consideram a fermentação uma arte, uma vez que o método  torna os alimentos muito mais saborosos e nutritivos.

Fonte: Nestle, Fermentação e a transformação dos alimentos. Pequeno Dicionário da Gastronomia (Maria Lucia Gomensoro); Larousse Gastronomique; Revista Nestlé Bio: Nutrição e Saúde – edição 18.

FITOESTERÓIS SÃO ALIADOS NA REDUÇÃO DO COLESTEROL.

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Ele é sintetizado pelo fígado e ingerido por meio dos alimentos de origem animal, como carnes, leites e ovos. Mas, quando em excesso, o colesterol pode danificar as artérias, dando início e acelerando o processo de aterosclerose. Aterosclerose é a formação de placas de gordura e outros elementos na parede das artérias, que pode evoluir para problemas cardiovasculares.
 
A adoção de hábitos alimentares saudáveis é requisito básico para a prevenção de doenças crônicas, incluindo as do coração. “O consumo regular de alimentos fontes de fitoesteróis está associado à redução dos níveis de colesterol no organismo e, consequentemente, a benefícios cardiovasculares”, explica a nutricionista Flávia De Conti Cartolano* “Por terem estrutura química semelhante, a absorção intestinal dos fitoesteróis ocorre da mesma forma que a absorção do colesterol. Então, acontece uma espécie de “competição” entre  eles. A simples presença dos fitoesteróis faz com que a absorção do colesterol seja reduzida”.
 
Os fitoesteróis estão contidos em alimentos de origem vegetal, como soja, nozes, amêndoas, óleo de girassol e de canola. Entretanto, a quantidade de fitoesteróis presente nesses itens é muito baixa, fazendo com que a ingestão diária adequada seja um desafio. Para que se possa ter uma ideia, o consumo diário de fitoesteróis por adultos brasileiros é de aproximadamente 100mg, sendo que a literatura aponta que a redução da absorção do colesterol se dá com a ingestão de 1 a 3 g.
 
De acordo a nutricionista Ana Maria Pita Lottenberg*, uma revisão de aproximadamente 40 estudos científicos observou que a dose de 2 g por dia de fitoesteróis resultou na redução de 10% do LDL-C (o colesterol ruim). Além disso, diversos estudos clínicos demonstraram que o consumo de alimentos, como iogurtes, por exemplo, fortificados com fitoesterol reduz eficientemente as concentrações de colesterol total e LDL-C em indivíduos com o colesterol um pouco alto.
 
“A inclusão de produtos fortificados com fitoesteróis na alimentação diária contribui para atingir as recomendações, visto que não são atingidas com base em uma dieta normal, mesmo em indivíduos que apresentam um alto consumo de itens de origem vegetal”.
 
O consumo de produtos adicionados com fitoesteróis deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.
 
Fonte: Nestle, Fitoesteróis: aliados na redução da absorção do colesterol. Acesso em 27/08/2013.

ALIMENTAÇÃO CERTA PARA COMBATER A HIPERTENSÃO.

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“O coração realiza o bombeamento de sangue para os vasos, encarregados, por sua vez, de distribuir esse fluido por todo o corpo. A pressão arterial é a tensão que o sangue exerce sobre as paredes dos vasos”, esclarece Ricardo Zanuto. Em pessoas hipertensas, esta pressão é elevada e, se não for tratada a tempo, aumenta a prevalência de AVC em 40% e de infartos em 25%. “Em geral, para serem considerados ideais, os níveis de pressão máxima (sistólica) e mínima (diastólica) precisam estar abaixo de 140 e 90, respectivamente”, explica o nefrologista Décio Mion, chefe da Unidade de Hipertensão do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Como controlar
O consumo excessivo de sal é um dos principais causadores de
hipertensão. “Para o controle da doença, adotamos um padrão alimentar conhecido como DASH. Ele prevê restrição de todos os pratos ricos em sódio e consumo aumentado de vegetais, grãos integrais, carne de peixe e aves magras, azeite de oliva extravirgem e oleaginosas, que garantem um aporte adequado de magnésio, potássio, cálcio, proteínas e fibras”, explica a nutricionista Renata Gonçalves, do Grupo de Nutrição Humana (Ganep).

Veja como controlar as taxas do organismo
5 alimentos que não podem faltar na sua dieta:
Aipo, brócolis, cebola, alho e abóbora.
Por que fazem bem: o aipo é um excelente diurético, ajudando a evitar o acúmulo de substâncias tóxicas nocivas ao coração e ao sistema nervoso. Já o brócolis é rico em ácido fólico, fitoestrógenos, cálcio, magnésio e vitamina C, que auxiliam na regulação da pressão. A cebola, graças à quercetina, e o alho, que possui alicina, favorecem a circulação sanguínea. A abóbora é fonte de betacaroteno e antioxidantes, que também atuam no controle da pressão arterial.
 
O que cortar
Excesso de sal, molho inglês, shoyu, ketchup, caldos de carne e legumes,
alimentos industrializados com alto teor de sódio, embutidos, enlatados e bebidas alcoólicas.

Por que fazem mal: “O sal aumenta a retenção de líquidos no organismo, o que influencia diretamente a pressão, fazendo-a subir”, diz Mion. Porém, tão importante quanto cortar o sal durante o preparo dos pratos, é evitar os alimentos prontos e os que são conservados à base de sal. “A ingestão de álcool por períodos prolongados também é associada à pressão alta, aumentando a probabilidade de sofrer de complicações cardiovasculares”, adverte Maria Gandini, da RG Nutri Consultoria Nutricional.
 
Fonte: Revista Viva Saúde, Dieta para combater a hipertensão. Acesso em 27/08/2013.

DADOS SOBRE O EXCESSO DE PESO.

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Dados inéditos do Ministério da Saúde revelam que, pela primeira vez, o percentual de pessoas com excesso de peso supera mais da metade da população brasileira. A pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) mostra que 51% da população (acima de 18 anos) está acima do peso ideal. Em 2006, o índice era de 43%. Entre os homens, o excesso de peso atinge 54% e entre as mulheres, 48%.

O estudo também revela que a obesidade cresceu no país, atingindo o percentual de 17% da população. Em 2006, quando os dados começaram a ser coletados pelo Ministério, o índice era de 11%. O aumento atinge tanto a população masculina quanto a feminina. Na primeira edição da pesquisa, 11% dos homens e 11% das mulheres estavam obesos. Atualmente, 18% das mulheres estão obesas. Entre os homens, a obesidade é de 16%.

O estudo retrata os hábitos da população e é um importante instrumento para desenvolver políticas públicas de saúde e estimular os hábitos saudáveis. Nesta edição, foram entrevistados 45,4 mil pessoas em todas as capitais e no Distrito Federal, entre julho de 2012 a fevereiro de 2013.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que os dados servem de alerta para que toda a sociedade se articule para controlar o aumento da obesidade e do sobrepeso no país. "Os dados reforçam que a hora é agora. Se não tomarmos - o conjunto da sociedade, familiares, trabalho, agentes de governo -, as medidas necessárias, se não agirmos agora, corremos o risco de chegar a patamares de obesidade como os do Chile e dos Estados Unidos. Por isso temos que agir fortemente", disse.

Alimentação
Apesar de a obesidade estar relacionada a fatores genéticos, há uma importante influência significativa do sedentarismo e de padrões alimentares inadequados no aumento dos índices brasileiros. Forte aliado na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, o consumo de frutas e hortaliças está sendo deixado de lado por uma boa parte dos brasileiros - apenas 22,7% da população ingerem a quantidade diária recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de cinco ou mais porções ao dia.

Outro indicador que preocupa é o consumo excessivo de gordura saturada: 31,5% da população não dispensam a carne gordurosa e mais da metade (53,8%) consome leite integral regularmente. Os refrigerantes também têm consumidores fieis - 26% dos brasileiros tomam esse tipo de bebida ao menos cinco vezes por semana.

Fases da vida
Se na faixa etária entre 18 e 24 anos, 28% da população está acima do peso ideal, a proporção quase dobra na faixa etária dos 35 anos aos 44 anos, atingindo 55%. O percentual de obesidade acompanha este crescimento e mais que dobra se comparados os dois períodos: 7% para 19%, respectivamente. Com o passar dos anos, os brasileiros também tendem a diminuir a prática da atividade física: 47% dos jovens com idade entre 18 a 24 anos se exercitam regularmente. E entre 35 a 44 anos, o índice cai para 31%.

O Vigitel 2012 mostra ainda que o envelhecimento da população reflete positivamente na alimentação do brasileiro. Se entre os 18 e 24 anos mais da metade dos homens brasileiros come carne com gordura regularmente (48%), este índice cai para 27% entre aqueles que já passaram dos 65 anos. O fenômeno se repete com o consumo de refrigerante. Entre os jovens com idade entre 18 e 24 anos, 36 % declararam tomar regularmente a bebida. Aos 65 anos, o percentual cai para menos de um terço, ficando em 12%.

Em contrapartida, há aumento de consumo de frutas e hortaliças nas faixas etárias superiores. Entre os 18 e 24 anos, 17% comem cinco porções/dia e 24% cinco porções semanais. Aos 65 anos, os percentuais aumentam para 28% e 46%, respectivamente.


Escolaridade
O Vigitel 2012 permite ainda conhecer os hábitos dos brasileiros conforme o sexo e a escolaridade. Frutas e hortaliças estão presentes regularmente no cardápio de 45% dos brasileiros que concluíram, no mínimo, 12 anos de estudo. O percentual reduz para 29% entre as pessoas que estudaram até, no máximo, oito anos.

Se levarmos em consideração a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 400 gramas diárias de frutas e hortaliças, as proporções vão para 31% para quem tem 12 anos e mais de escolaridade e 18% para quem não conclui o ensino fundamental ou tem menos de oito anos de escolaridade.

A gordura saturada também é mais comum na mesa das pessoas com menos estudo: 32% comem carne com excesso de gordura e 53% bebem leite integral regularmente. Já entre a população com maior escolaridade, os percentuais registrados estão abaixo da média nacional, com 27% e 47%, respectivamente.

A pesquisa revela também que 45% da população com mais de 12 anos de estudo praticam algum tipo de atividade física (no horário livre de lazer). O percentual diminui para menos de um quarto da população (21%) para quem estudou até oito anos. Os homens (41%) são mais ativos que as mulheres (26%). A frequência de exercícios físicos no horário de lazer entre mulheres com mais de 12 anos de estudo (37%) é o único indicador da população feminina que figura acima da média nacional (33%).

Fuja da obesidade
Quando o assunto é perder peso, existem muitos erros comuns que cometemos, ou mesmo mitos em que caímos e nos impedem de ter sucesso. Veja quais são eles e aprenda a evitá-los:
 
Ignorar as calorias totais da dieta

"A alimentação desequilibrada é um dos principais fatores relacionados à obesidade", afirma a educadora física e doutoranda em nutrição Ana Dâmaso, coordenadora do Grupo de Estudo da Obesidade (GEO) da Unifesp. Segundo ela, quando este fator está associado ao excesso de peso, tona-se necessária a reeducação alimentar. Tudo começa estabelecendo um limite máximo de calorias que podem ser consumidas diariamente. "Uma pessoa acima do peso provavelmente ingere muito mais calorias do que seu metabolismo é capaz de queimar", afirma a especialista. Para isso, procure um bom nutricionista que possa elaborar um cardápio individual.

Fazer escolhas pouco saudáveis à mesa

Bobagem ficar dentro das calorias previstas para o dia se os alimentos que você consome têm valor nutricional nulo. De acordo com a educadora física Ana, gorduras e açúcares são os grupos de alimentos mais presentes na alimentação do paciente com obesidade. Aprender a montar um prato colorido com muitas frutas, legumes e verduras, e uma parcela menor de carboidratos e proteínas, faz parte da reeducação alimentar. "Com o tempo, os pacientes percebem que não é preciso passar fome ou comer alimentos sem graça para perder peso", explica.

Manter o sedentarismo

"Exercícios físicos são uma das principais estratégias terapêuticas não medicamentosas para combater a obesidade", diz a educadora física Ana. Segundo a especialista, atualmente exercícios valem por remédio. O método mais eficaz para perder peso é combinar exercícios aeróbios, como a caminhada, com exercícios resistidos, com a musculação. "Juntos, eles não só combatem a obesidade, como ainda ajudam no controle da síndrome metabólica e da esteatose hepática não alcoólica (acúmulo de gordura no fígado)", explica. Antes de iniciar o treino, procure um profissional para não realizar movimentos incorretos ou exagerar na dose, o que pode gerar lesões.

Perder o controle da ansiedade

A obesidade é uma doença multifatorial e, na maior parte dos casos, está ligada a disfunções emocionais. "Grande parte dos pacientes sofre de ansiedade, estresse e outros problemas que podem levar à compulsão alimentar, por exemplo", afirma o endocrinologista Marcos Antonio Tambascia, professor da Unicamp. Por isso, incluir um terapeuta comportamental no tratamento da obesidade pode ser fundamental para alcançar o sucesso.

Adotar outros hábitos prejudiciais

"Principalmente pacientes que foram submetidos à cirurgia bariátrica são mais propensos a adotar outros hábitos prejudiciais para compensar o prazer que deixaram de ter por não poder comer compulsivamente", afirma o endocrinologista Marcos. Segundo ele, é comum pacientes começarem a fumar e beber ao tentar seguir uma alimentação saudável. Por outro lado, alguns pacientes se sentem estimulados a mudar completamente de vida quando dão início ao tratamento da obesidade. Assim, começam a praticar exercícios, investem na reeducação alimentar e, de quebra, ainda adotam outros hábitos saudáveis como medida de prevenção da saúde.

Retomar os erros após a perda de peso

O paciente com tendência a ter obesidade não pode vacilar. Hábitos saudáveis adotados para perder peso devem ser mantidos mesmo após alcançar a meta. "Muitos pacientes acabam retomando os quilos perdidos porque deixam a disciplina de lado com o tempo", diz o endocrinologista Marcos. Segundo ele, comer bem, praticar exercícios e fazer check-ups no médico regularmente deveriam ser regra na vida de todas as pessoas durante a vida inteira. No caso de pessoas com tendência a desenvolver a doença, entretanto, a medida se torna ainda mais relevante e não segui-la pode trazer consequências mais imediatas, como a desnutrição e a volta da obesidade.

Resistir a tratamentos mais agressivos

"A cirurgia bariátrica nunca é a primeira opção de tratamento para pessoas com obesidade", afirma o endocrinologista Marcos. Mas indivíduos com índice de massa corpórea (IMC) maior do que 40 ou com IMC maior do que 30 e tendência a desenvolver doenças associadas à obesidade, como o diabetes, geralmente recebem indicação para a intervenção cirúrgica. Isso porque, neste caso, a necessidade de perder peso é imediata. Além disso, disciplina para mudar hábitos de vida nem sempre é o suficiente para vencer essa doença crônica. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental.
 
Fonte: Minha Vida, Mais da metade da população brasileira tem excesso de peso. Número aumentou de 48,5% em 2011 para 51% em 2012, segundo Ministério da Saúde. Acesso em 27/08/2013.

CONSUMO DE CAFÉ PODE IMPEDIR A RECORRÊNCIA DO CÂNCER DE PRÓSTATA.

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O consumo de café está associado a um menor risco de recorrência do câncer de próstata, de acordo com estudo de pesquisadores do Fred Hutchinson Cancer Research Center, nos EUA.
 
Os resultados mostram que os compostos bioativos presentes no café e no chá podem prevenir a doença de retornar e atrasar sua progressão.
 
A líder da pesquisa Janet L. Stanford e seus colegas descobriram que os homens que bebiam quatro ou mais xícaras de café por dia experimentaram uma redução de 59% no risco de recorrência do câncer de próstata e / ou progressão, em comparação com aqueles que bebiam apenas uma ou menos xícaras por semana.
O estudo envolveu 1.001 sobreviventes de câncer de próstata, com idades entre 35 e 74 anos de idade no momento do diagnóstico, entre 2002 e 2005.
 
Os participantes responderam a perguntas sobre sua dieta e consumo de bebidas dois anos antes do diagnóstico do câncer de próstata por meio de um questionário de frequência alimentar e foram entrevistados sobre informações demográficas e de estilo de vida, história familiar de câncer e uso de medicamentos.
Dos participantes, 630 responderam a questões referentes à ingestão de café, se encaixaram nos critérios de acompanhamento e foram incluídos na análise final. Destes, 61% dos homens consumiram pelo menos uma xícara de café por dia e 12% consumiram uma quantidade maior: quatro ou mais xícaras por dia.
 
"Nosso estudo difere dos anteriores porque usamos uma definição composta da reincidência e progressão do câncer de próstata. Usando dados detalhados, nós podemos determinar se um paciente tem risco de recorrência ou progressão do câncer de próstata", afirma o primeiro autor Milan Geybels.
 
Segundo os pesquisadores, as atividades biológicas associadas com o consumo de compostos fitoquímicos encontrados no café incluem efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, além da modulação do metabolismo da glicose.
 
Apesar dos resultados promissores, a equipe enfatiza que o café ou seus componentes ainda não podem ser recomendados para prevenção secundária do câncer de próstata antes que seu efeito preventivo seja demonstrado em um ensaio clínico.
 
Fonte: I Saúde, Quatro ou mais xícaras de café por dia impedem recorrência do câncer de próstata. Pesquisa sugere que os compostos bioativos presentes no café podem ter efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes. Acesso em 27/08/2013.
 
 

O EXCESSO DE AÇÚCAR É PREJUDICIAL PARA O CORAÇÃO.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013 0 comentários
Há duas coisas que as pessoas que sofrem de doenças do coração e dos vasos sanguíneos ou que correm risco de desenvolvê-las devem controlar em especial: a gordura, que caracteriza os alimentos que contêm abundante colesterol e outros lipídios que se acumulam nas artérias; e os salgados, aqueles produtos ricos em sódio, um mineral que eleva a pressão sanguínea.

Menos conhecidos, no entanto, são os efeitos nocivos de um terceiro "saboroso inimigo" da saúde cardiovascular: o doce. Disso não só se deduz que é preciso fechar a boca para batatas fritas, manteiga, carnes vermelhas e produtos pré-cozidos, mas também para aqueles abundantes em açúcares.

Uma dieta saudável para a circulação não só deve ser moderada em sódio, o que eleva a pressão sanguínea, mas também em doces, de acordo com as últimas recomendações da Associação do Coração dos Estados Unidos, que aconselha reduzir o consumo de açúcar porque muita gente supera os 25 gramas diários aconselhados para a mulher e os 37,5 recomendados ao homem.

Os pesquisadores da American Heart Association (AHA, na sigla em inglês) apontam especialmente para as bebidas gasosas e refrescos: A fonte número um de açúcar acrescentado na dieta, nos EUA e também uma das principais fontes de açúcares adicionais em muitos outros países onde estes refrescos são amplamente consumidos.

"Pela primeira vez fazemos recomendações específicas sobre a quantidade desta substância que pode ser consumida, porque não só torna as pessoas mais obesas, mas é culpado de diabetes, tensão arterial elevada, doenças coronárias e ataques cardíacos", assinalou a médica Rachel Jonsson, autora da pesquisa em que se baseiam as novas recomendações da AHA.

Segundo Rachel, os rótulos na comida empacotada nos EUA não distinguem entre os açúcares naturais e os acrescentados, embora qualquer produto etiquetado como "xarope" na lista de ingredientes provavelmente tenha açúcar acrescentado.

O excesso de açúcar não só influi na obesidade, mas também tem parte de responsabilidade no diabetes, na pressão arterial elevada, nas doenças coronárias e nos ataques cardíacos, de acordo com relatório publicado na revista Circulation.

Açúcar com moderação desde a juventude
Segundo outra pesquisa da Universidade de Emory (EUA) também publicada em Circulation, um consumo elevado na adolescência de açúcares acrescentados (qualquer adoçante calórico que se acrescenta a alimentos ou bebidas durante sua produção ou pelo próprio consumidor) poderia elevar o risco cardíaco quando se chega à vida adulta.

Os adolescentes que consomem quantidades altas de açúcares acrescentados nas bebidas e nos alimentos são mais propensos a ter perfis de colesterol e triglicerídeos que podem levar a uma doença cardíaca em anos posteriores da vida, de acordo com o trabalho de Emory.

O trabalho americano também mostrou que os adolescentes com sobrepeso ou obesidade e que consomem abundante açúcar acrescentado têm maiores sinais de resistência à insulina, uma situação metabólica que costuma preceder ao diabetes.

"O açúcar às vezes está presente nos lugares mais surpreendentes e em alimentos que aparentemente não o contêm", explicou Adoración Rodríguez García, especialista em gastronomia e nutrição e diretora de conteúdos do portal especializado Nutriguía, em referência ao chamado "açúcar oculto".

"Por exemplo, é pouco conhecido que, grama a grama, os molhos para churrasco e o ketchup, podem ser mais doces que um sorvete de creme e que cada colherada de qualquer destes dois condimentos contém o equivalente a pelo menos uma colher de chá acumulada de açúcar", prosseguiu Adoración.

"Um iogurte de baunilha com framboesas com baixa gordura pode conter mais de dez colherinhas de açúcar, um suco engarrafado pode conter a mesma quantidade de açúcar que uma barrinha de cereal. Se consumimos estes e outros produtos similares com açúcar oculto podemos receber dezenas de calorias extras em nossa dieta diária de forma despercebida", segundo a especialista.

"E isso, levando em conta só o açúcar acrescentado, sem considerar outros alimentos como os sucos de frutas exprimidos, que possuem açúcar de forma natural. Se lhes acrescentar açúcar refinado, ou adoçar com frutose, mel ou açúcar mascavo, muitos produtos escondem uma boa quantidade de calorias vazias", acrescentou a especialista da Nutriguía.

Por isso, Adoración aconselhou ler os rótulos dos produtos com atenção, inclusive daqueles alimentos que não são doces, para comprovar seu conteúdo em açúcar, levando em conta que "as palavras terminadas em 'ose' indicam a presença de açúcares, os quais estão presentes com outros nomes em uma centena de substâncias para adoçar".

"Não se trata de desenvolver uma fobia ao açúcar nem eliminá-lo de nossa vida, porque ele não é um monstro nutricional, mas de consumi-lo com moderação", finalizou a especialista.

Fonte: Saúde Terra, Açúcar em excesso é perigoso para o coração. Acesso em 26/08/2013.

BENEFÍCIOS DO SUCO DE TOMATE PARA A SAÚDE.

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Uma alimentação ideal deve ser equilibrada em proteínas, carboidratos, gorduras, fibras, vitaminas, minerais e água. Dietas ricas em gordura, principalmente a do tipo saturada e o colesterol (carnes, na gema de ovo e no leite e seus derivados), em sal e em açúcar e pobres em carboidratos complexos, vitaminas e minerais (cereais e grãos integrais, frutas e hortaliças), aliadas a um estilo de vida sedentário, são responsáveis pelo aumento de doenças como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão, osteoporose e câncer. No Brasil, as doenças do aparelho circulatório representam a principal causa de óbitos (32%), seguidas pelas neoplasias (câncer). Há muito tempo acredita-se que o consumo de frutas e hortaliças auxilia na prevenção e cura de certas doenças. Este efeito é atribuído, em parte, à presença, nestes alimentos, de vitaminas e de substâncias não nutrientes (fitoquímicos) como antioxidantes, carotenóides e compostos fenólicos.

Muitos de nossos problemas de saúde devem-se à ação de formas tóxicas do oxigênio (oxidantes) responsáveis por processos que resultam na obstrução de artérias, transformação de células normais em cancerosas, problemas nas articulações e mau funcionamento do sistema nervoso, além de estarem associadas ao envelhecimento.

Os oxidantes derivam de processos metabólicos normais, como a respiração, ou provêm do ambiente (poluentes do ar, pesticidas, fumo, drogas). Eles assumem várias formas e aspectos, sendo a mais comum os radicais livres. Em excesso, eles podem atacar o material genético (DNA) das células, provocando mutações que podem levar ao câncer. Também atacam as moléculas de gordura que compõem as membranas celulares, destruindo a sua estrutura.

O organismo dispõe de sistemas de defesa específicos, além de antioxidantes, substâncias capazes de neutralizar os oxidantes, que mantêm os mesmos em concentrações muito baixas. Além dos antioxidantes próprios do corpo, existem aqueles obtidos na dieta, que ajudam a combater a formação e a ação dos radicais livres no corpo humano. Os antioxidantes presentes nos alimentos, principalmente nas frutas e hortaliças, são fitoquímicos, vitaminas e minerais. Eles podem auxiliar na prevenção de doenças coronarianas e do câncer, neutralizando os efeitos dos oxidantes.

Estudos epidemiológicos mostraram que a ingestão de tomate e de produtos a base de tomate está associada à redução do risco de desenvolvimento de doenças crônicas como câncer e doenças cardiovasculares. Estudo conduzido na Itália na década de 80 mostrou uma relação inversa entre o consumo de tomate e o risco de câncer do trato digestivo. A ingestão de tomate também foi inversamente correlacionada com o câncer coloretal, de mama e de ovário. Uma dieta rica em tomates pode reduzir o dano oxidativo ao DNA de leucócitos e de células da próstata em pacientes diagnosticados com câncer de próstata, sugerindo que estes alimentos podem ser usados também no tratamento desta doença e não apenas na sua prevenção. O tomate é uma fonte rica em vitaminas (ácido fólico, vitaminas C e E), minerais (potássio), carotenóides (beta-caroteno e licopeno) e flavonóides.

Os tomates fornecem aproximadamente 20 mg de vitamina C, 220 mg de potássio, 0,015 mg de ácido fólico e 0,4 UI (unidades internacionais) de vitamina E por 100 g. Esses valores correspondem a, aproximadamente, 22%, 6%, 4% e 2% da ingestão diária recomendada para estes nutrientes, respectivamente. A vitamina C é necessária à prevenção do escorbuto e manutenção da saúde da pele, gengivas e vasos sangüíneos. Também participa na formação de colágeno, absorção de ferro, redução do nível de colesterol e fortalecimento do sistema imunológico. Como antioxidante, reduz o risco de arteriosclerose, doenças cardiovasculares e algumas formas de câncer.

A pressão alta é um fator de risco para doenças cardiovasculares. 55 estudos realizados em humanos encontraram redução nas pressões máxima e mínima em indivíduos que receberam potássio. O ácido fólico, junto com as vitaminas B6 e B12, ajuda a metabolizar a homocisteína, cujo nível elevado está relacionado à maior incidência de doenças cardiovasculares. Estudo envolvendo 734 homens na meia-idade indicou que níveis moderados a altos de ácido fólico sérico estão associados a uma redução de 69% na incidência de eventos coronarianos agudos.

A oxidação de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) tem um papel fundamental na patogenicidade da arteriosclerose e de doenças coronarianas. A vitamina E, considerada o principal antioxidante biológico, reduz a oxidação dessas lipoproteínas, além de dificultar a agregação e adesão das plaquetas e de proteger a parede das artérias. Estudos realizados com 84.331 pacientes mostraram uma relação inversa significativa entre o consumo de vitamina E e o risco de doenças cardiovasculares, com uma redução de 36% no risco de morte.

Carotenóides são uma classe de pigmentos amarelo-alaranjado-vermelhos distribuídos em vários vegetais. Uma importante função de alguns carotenóides é o seu papel como precursores de vitamina A (pró-vitamina A). O beta-caroteno é o carotenóide pró-vitamina A mais ativo, sendo convertido em vitamina A à medida que o organismo necessita. A vitamina A pré-formada é encontrada apenas em alimentos de origem animal. Sua deficiência é a maior causa de mortalidade infantil em países em desenvolvimento. Uma deficiência prolongada pode produzir alterações na pele, cegueira noturna e ulcerações na córnea que podem levar à cegueira. Por outro lado, a vitamina A em excesso é tóxica, podendo causar má formação congênita, se ingerida em excesso durante a gravidez, e doenças ósseas em portadores de deficiência renal crônica.

Os carotenóides também podem proteger as lipoproteínas e as células vasculares da oxidação. Estudo feito com 392 indivíduos entre 45 e 65 anos mostrou uma relação inversa entre arteriosclerose e níveis de alfa e beta-caroteno no plasma. O beta-caroteno também está associado à proteção contra câncer. Um estudo realizado na Universidade do Estado de Nova York em Búfalo mostrou que o consumo de vegetais ricos em beta-caroteno mais de uma vez por semana reduz significativamente o risco de câncer pulmonar.

O licopeno é um pigmento vermelho encontrado em elevada concentração em tomate e seus derivados, melancia, goiaba vermelha e mamão papaya. O licopeno é o antioxidante mais eficiente dentre todos os carotenóides testados. Ele é capaz de seqüestrar oxigênio singleto, reduzir a mutagênese e inibir o crescimento de células cancerígenas, principalmente na próstata. Estudos mostraram que o licopeno na dieta está relacionado à redução da incidência de certos tipos de câncer e do risco de ataque cardíaco.

Os teores de licopeno nos tecidos e no soro estão inversamente relacionados ao risco de doenças crônicas. Um estudo mostrou que a ingestão de licopeno na forma de suco ou pasta de tomate por 1 semana reduziu as taxas de LDL oxidados. O licopeno também inibe uma enzima envolvida na síntese de colesterol, sugerindo um efeito hipocolesterolêmico. Estudos epidemiológicos recentes mostraram uma relação inversa entre os níveis de licopeno e a mortalidade por doenças coronarianas, cérebrovasculares e infarto do miocárdio. Outro estudo, realizado na década de 90, mostrou redução no risco de desenvolvimento de câncer de boca, faringe e esôfago com a ingestão de licopeno.

Estudo realizado em dez países europeus mostrou que a concentração de licopeno no tecido adiposo protege contra enfarto do miocárdio, sendo este efeito maior em não fumantes e em pessoas com alto teor de gordura poliinsaturada armazenada. Estudo com 108 idosos na Holanda demonstrou uma associação inversa entre licopeno sérico e presença de arteriosclerose, com efeito mais pronunciado em fumantes e ex-fumantes.

Estudos epidemiológicos mostraram decréscimo na incidência de câncer de próstata agressivo com o aumento da concentração plasmática de licopeno. Estudo com 32 pacientes portadores de câncer de próstata que consumiram extrato de tomate diariamente durante 3 semanas (30 mg de licopeno por dia) indicou redução do dano oxidativo ao DNA e do nível sérico de antígeno específico da próstata (PSA), utilizado para avaliar o risco de câncer de próstata, além de uma possível indução da morte de células cancerígenas.

Experiência realizada com ratos mostrou que o efeito sobre o câncer de próstata foi maior com a adição à dieta de tomate em pó do que de licopeno isolado. Assim, não se pode excluir a possibilidade de que o licopeno aja em conjunto com outros fitoquímicos presentes no tomate, principalmente glicoalcalóides, flavonóides, salicilatos, além de outros carotenóides. Os salicilatos são conhecidos por sua ação antiinflamatória. Os flavonóides são compostos fenólicos antioxidantes presentes na casca de tomates. Estudos epidemiológicos mostraram um possível efeito protetor da ingestão de flavonóides contra doenças coronarianas. A quercetina, principal flavonóide presente no tomate, inibe o receptor androgênico da próstata. Outro flavonóide, a apigenina, desacelerou o crescimento do tumor de próstata, além de reduzir os níveis de IGF-1 (fator de crescimento tipo insulina) associado com maior risco de câncer de mama, próstata, reto e pulmão.
 
* Pesquisadora da Embrapa Hortaliças, Doutora em Tecnologia de Alimentos.

Fonte: Embrapa, Benefícios do tomate para a saúde. Acesso em 26/08/2013.